Laboratorio Invisibel

1. LUME

A carta do mago enuncia “o comenzo, e inicio dunha etapa. Está conectado co infinito, na mesa posúe os catro elementos, e coa varita na súa man os transforma, ou sexa é o poder para trasformar os elementos que posuímos nós. Á mesa fáltalle unha pata, elo amosa o sutil do mago, xa que nós vivimos en tres dimensións pero non logramos ver a cuarta dimension, ésta está oculta. O Mago, somos nós cos pés na terra e a cabeza conectada co infinito. Representa: axilidade mental, transmutación, capacidade de transformar os elementos segundo a nosa necesidade. A clave do mago é: Inicio e transformación. Está rexido polo planeta Mercurio“. Agora ben, podemos pensar cómo se exerce este dispositivo. Dicir e ver. Ver e dicir. Cabe unha hermenéutica deste dispositivo? Ou ben a hermenéutica mesma crea de por si un novo dispositivo, transforma os mecanismos de enunciación e os abre a novos campos, territorios, escenas ainda por pensar?

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Aclaramos previamente que o que a continuação se diz sobre a Imagem, não corresponde a qualquer tipo de imagem senão a uma muito concreta; que vem determinada sobretudo pelo modo de produção e aparição. Trata-se da Imagem que não é ilustrativa, nem representativa, que não trata de reunir ou fazer síntese de conteúdos de enunciação nem aparece pelo mesmo subordinada a uma lógica racional… Pela contra, falamos da imagem que se impõe inconscientemente, que surge, inevitavelmente, inesperadamente do abismo e da fractura, da crise do pensamento, com furiosa necessidade. Há, nesta aparição da imagem pois, algo trágico, e falaremos de certo da tragédia; mais também temos que ir um pouco além da mesma para articular definitivamente uma superfície positiva e transmutada das forças destrutoras que dominam ainda a tragédia. O que se pretende é delinear as condições nas que uma nova forma de producir a imagem podem dar lugar a uma transformação geral de nós mesmos e incluso, dar lugar à criação e constituição duma comunidade nova, por-vir, uma comunidade que pensa a Imagem, que assiste à Imagem, que está ante a Imagem e configura nela novas potencialidades do pensar, novas territorialidades, tanto lógicas como imaginárias; territorialidades que a Imagem suporta no limite do insuportável. A partir de aqui o que se exige é uma nova relação e compreensão da teoria e do teórico com o Espectáculo, assim como uma reformulação, nesta linha, das artes contemporâneas nas que a Performance aparece como instante crítico do mesianismo  judaico-cristã.

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