Laboratorio Invisibel

Teoria da imagem [Man Hauser]

Posted on: Agosto 13, 2009

fractal-PsytripAclaramos previamente que o que a continuação se diz sobre a Imagem, não corresponde a qualquer tipo de imagem senão a uma muito concreta; que vem determinada sobretudo pelo modo de produção e aparição. Trata-se da Imagem que não é ilustrativa, nem representativa, que não trata de reunir ou fazer síntese de conteúdos de enunciação nem aparece pelo mesmo subordinada a uma lógica racional… Pela contra, falamos da imagem que se impõe inconscientemente, que surge, inevitavelmente, inesperadamente do abismo e da fractura, da crise do pensamento, com furiosa necessidade. Há, nesta aparição da imagem pois, algo trágico, e falaremos de certo da tragédia; mais também temos que ir um pouco além da mesma para articular definitivamente uma superfície positiva e transmutada das forças destrutoras que dominam ainda a tragédia. O que se pretende é delinear as condições nas que uma nova forma de producir a imagem podem dar lugar a uma transformação geral de nós mesmos e incluso, dar lugar à criação e constituição duma comunidade nova, por-vir, uma comunidade que pensa a Imagem, que assiste à Imagem, que está ante a Imagem e configura nela novas potencialidades do pensar, novas territorialidades, tanto lógicas como imaginárias; territorialidades que a Imagem suporta no limite do insuportável. A partir de aqui o que se exige é uma nova relação e compreensão da teoria e do teórico com o Espectáculo, assim como uma reformulação, nesta linha, das artes contemporâneas nas que a Performance aparece como instante crítico do mesianismo  judaico-cristã.

1. TEORIA DA IMAGEM

Partimos duma contradição que se dá na imagem a respeito da sua cognição: a imagem é cognitiva, isto quer dizer, permite conhecer e faz-se quase-causa e suporte de novos conhecimentos e lógicas que gera ou produz; mais sem embargo as causas da imagem, as condições que a geram são elas mesmas incognoscíveis, inacessíveis, estão veladas ou a imagem forma a respeito delas uma superfície de opacidade e impenetrabilidade anulando toda possível viajem ou in-curssão além da mesma, impossibilitando assim o remontar-se aos seus fundamentos ou interiorizar-se na sua profundidade.

Em si mesma a imagem é mistério, enigma, incompreensão fundamental, desconcerto: desvelamento!. A imagem não subsume nem reconcilia o diferente senão que precisamente o produz: produz a diferença, a alteridade, a excisão e a desagregação das partículas da consciência que encontram nela a sua matriz.

A imagem é desagregadora: fractura, potencia, ruptura. Surto da superfície do pensar, espontaneidade da forma, in-esperança, estranheza, diferença (im) produtiva.

A forma que resulta e realiza a imagem é certamente determinada; incluso poderíamos dizer: trata-se duma alta definição o que se produz. Agora bem, é uma determinação d’uma alta definição in-essencial, sem profundidade ainda que vem do mais profundo, é uma superfície sem espessura ainda que substitui e expulsa toda outra superfície anterior e produz em si toda diferença. Incluso: esta alta definição é o que produz a sua distância e frialdade inesperadamente apolínia quando vem do profundo; medo, pavor, perigo, vertigem… Pois se determina um pulo que vendo do mais fundo, confuso e indeterminado passa a ser sua superfície de alta definição e extraordinária aparência.

Transformação do fundo, do pulo cósmico e dionisíaco em superfície-aparência sem espessura: tal acontecimento gera um instante eterno de suspensão, perigo, vertigem, medo, pavor… ao manter-se por si só e sem suporte, aquele que vem desde o principio suportado; como desde abaixo… Mais também esse medo, pavor, frialdade, estranheza ante o extremamente concreto no que se transforma o indeterminado potencial é o que se precisa para verdadeiramente penetrar nele: instalar-se nele, aceder a ele, transformar-se nele, virtualizar-se…

Certamente; a imagem é pois o in-suportável. Pois quando acontece todos os seus chãos (suportes) são retirados, abandonados, derrubados, esfumados… e o seu suporte passa a ser interior a si mesmo, sem profundidade, segundo uma continua reconversão da nossa atitude ante ela, segundo uma continua apertura a sua parente (in)estavilidade, na estrañeza da súbita definição e ante o pánico da absoluta transformação-transmutação: de fundo em superfície, de indeterminação em alta definição, etc.

A imagem é o in-suportável: pois somente se pode suportar interiormente na profunda conciliação simultânea côa sua estranheza repentina e não podemos preguntar já pelos seus fundamentos lógicos derrubados, esfumados, des-aparecidos.

A imagem como tal, a sua manifestação-aparição é por isso, irremediavelmente transformadora. A mera aparição da imagem produz transformação: é um transformar-se molecular da nossa consciência, que de não estar assim, desintegrada, não poderia aceder ao instante da imagem.

Simultaneamente podemos dizer: estar preparado para a imagem, prepararse para a imagem, ter a adecuada (dis) posição e atenção a respeito a ela = já o propio acontecer da imagem, já o propio desintegrar-se da consciência, no que poderíamos chamar um umbral de acesivilidade/des-integração.

Ou bem, dito doutro modo: como ao aceder á imagem a consciência não faz senão desintegrar-se, não podemos dizer, rotundamente que o que faça a consciência a respeito da imagem seja um aceder, pois em muito grande medida a desintegração que precisa (a fractura que a atravessa) faille perder o controle, a iniciativa e a intenção da sua acção e por tanto a própria imagem transforma-se num: acontecer, anterior ou não subordinado á consciência, ou incluso, ao que a consciência se subordina ou depende dalgum modo.

O acontecer da imagem é pois: insurreição, emergência, brotar, surgir, amanhecer, irrupção, cambio e aparição. Mutação súbita e instantânea do confuso e indeterminado do profundo na repentina imagem virtual que aparece e insurge, que se define imediatamente em alta e extraordinária qualidade.

A alta qualidade e a alta definição da imagem são uma concreção e uma determinação que não significam sem embargo acto; nem actualidade. A pesares de ser isso: definição e determinação. A imagem é virtual.

A imagem é virtual, e nunca actual; porque não actualiza nada nem deixa nada fora a respeito de si que seria a potencia. A imagem é neste senso (im) produtiva: porque não produz nada fora de si, senão que só produz no seu seno ou matriz (intra) gerativa. Ou bem, podemos dizer: a sua produção é virtual, acontece no térreo da case-causa, da contra-efectuação, e não no plan(o) físico das causas e os efeitos conectados externamente, um a razão doutro segundo uma mediação lógica nalgum senso.

Pelo contrario a imagem gera sem mediação, in-mediatamente nas co-territorialidades que eventualmente aparecem e surgem ao seu lado em multiplicidades fractais gerativas fugaces. A clave está no tipo de relação com isso que se produz; pois esse tipo de relação pon em cuestiao o mesmo conceito de produção.

Por isso dizemos que a imagem produz não mais que em certo senso: produz sentido e valor em certos plan(o)s virtuais, produz novos territórios impensáveis doutro modo, abre espacitos que si se podem pensar conscientemente a pesares de que a imagem que os produz permanecerá, na sua totalidade (ou como totalidade) inacessível, enigmática, indecifrável. Incluso: a imagem é a matriz na que o Todo se produz, na que a Totalidade como um: nao-poder-saír-fóra-para-ser é o que acontece. Logo acontece na negatividade da Totalidade: na contra-totalidade ou no seu envés ou ponto cego de articulação.


2. TEORIA DA IMAGEM E TEORIA DO BLOOM

Efectivamente esta Teoria da Imagem surge dalgum modo sobre a já por muitos conhecida Teoria do Bloom; e se relaciona directamente côa mesma. Agora bem, tratamos precisamente de efectuar (sempre no plan(o) virtual!) a sua precisa transmutação, o ponto no que o Bloom devém, acontece, amanhece, floresce… imagem.

Teríamos que estar certos duma coisa: a potencia da imagem, todo o seu pulo articulador inconsciente provém da mesma potencia do vazio, da sua força e da sua tendência á… consumação que é o Bloom.

Agora bem: chega um momento, um instante no que o vazio (Bloom) se transmuta, muda a sua aparência; ou melhor incluso, consegue uma aparência, pois ata o de então não era senão: profundidade.

Esse vazio profundo, esse fundo mais fundo que qualquer pensamento (o abismo de Heidegger mais em qualidade de potencia irreparável, absoluta, irreconciliável a respeito a qualquer unidade, exégesis, etc.) esse é o Bloom mais também a potencia, a fractura, a grieta desde a que surge a imagem desde onde a imagem consegue a sua energia de projecção ata acadar a superfície (sem espessura!…).

Agora bem, esta superfície alcançada e a própria imagem não é senão: um instante infinitesimal, inaprenssível em si mesmo, fugaz absoluto, exclusivamente presente, sem nengun tipo de passado ou futuro que o complemente.

A imagem é o presente absoluto: Aión que não tem outra faz; interfaz puro de passado e futuro; o absoluto sem espessura como tal (a profundidade tem-se esfumado…).

Mais não por elo não podemos dizer que não caiba uma teoria (Theoria) deste Instante: incluso, a teoria (Theoria) na sua más certa definição acontece precisamente na Imagem. Teoria (Theoria) não como corpo conceitual-doutrinal que se preserva ao longo de passado e futuro. Teoria (Theoria) ao contrario: como a contracção más subtil, más fina pêro más potente do más preciso presente. Teoria (Theoria) como estado extático, estado de recepção, de assombro, de estranheza: expectação que justamente tem como correlato o surgir da imagem e a sua espontaneidade; como fenómeno metafísico da consciência em alta definição.

A partir de aqui cabe logicamente uma relação, uma explicitação da imagem e da sua teoria (Theoria) com o Espectáculo em tanto que expectação. A teoria (Theoria) como o estar extático ou de ex-posição á visão. Relação que efectivamente obviou Platão e restringiu na sua famosa e conhecida Alegoria da caverna; assim como por extensão no desenvolvimento de toda a sua filosofia e digamos que na concepção herdada na tradição do que entendemos por teoria. Como pode ser que o Espectáculo em tanto que expectação (exposição!) tenha-se desvinculado da teoria (Theoria)?

Precisamente teoria (Theoria) é expectação, estado extático, exposição; o que abre e define um vínculo directo entre Teoria e Espectáculo; (vínculo que acontece tudo ele na nova forma da Metafísica ou digamos doutro modo: na ainda não pensada contra-efectuação da religião e dos rituais chamánico-telúricos das formas de vida ancestrais-primitivas que nos antecedem). Espectáculo é o vínculo entre teoria (Theoria) e o abismo sem fundo: a fractura cósmica. Pois o único que cabe mirar absorto, assombrado, espectar: é a fractura do pensamento e o seu abismo.

Por último esta Teoria da Imagem trata de darlle ao pensamento de Antonin Artaud e ao seu Teatro da Crueldade uma inflexão final, uma superfície resolutiva que o arranque por fim das profundidades das que não sae, nas que se queda, nas que não consegue senão afundir, com tudo o lúcido que é este afundimento. Esta articulação é a imagem; como instante de superfície fugaz, instante que conecta o profundo com o lonxano. Brilho, centelleo, resplandor do cristal, vértice e bomba nuclear, energia atómica do acontecemento, estoupido fugaz que arranca do más fundo liberando e anulando finalmente as suas gravidades na alta definição da superfície aparente sem espessura…

3. A IMAGEM E A PERFORMANCE

No estado ex-tático de iluminação e projecção da imagem o seu surgir e brotar é: um acontecemento. Acontecemento no plan(o) virtual, dum instante que não está em ninguma liña do tempo. É uma emergência, um fulgor, um centelleo cuántico e molecular que estoupa, se abre, se dessagrega definidamente na produção da matriz fractal da diferencia.

A performance é (ou deveria ser) o espazo-tempo que dea cobixo a tal acontecemento; em tanto que a performance é (ou deveria ser) acontecer não-físico, não-fáctico, estético ou estésico, acontecer não-histórico, virtual ou contra-acontecer. Geração dum espacio fractal da definição sem profundidade.

Como acontecer não-histórico a performance é tiqqun, ou: instante de transvaloração do sentido do acontecer que comeza a mirar cara si e entra tudo ele num plan(o) virtual de projecção. Consumação da intra-historia.

O tiqqun como intraliña que percorre a historia dos signos e das contra-efectuacións que a forxan, ábrese todo ele na performance, floresce e perde a sua subordinação com a respeito a uma suposta historia universal ou devir unívoco do sentido e da (evolução da) consciência e passa a formar parte agora duma plena aparição, duma toda superfície, tiqqun absoluto, instante de (eterno) retorno no que todas as direcciones e sentidos estoupan e abrem em si mesmos plan(o)s de articulação absolutos sem limite nem desdobramento ou dualidade possível que significara uma espessura… A não-dualidade do tiqqun é presente sem passado ou futuro mais também: sentido histórico absolutamente imanente ao acontecimento sem significacións mediáticas dos seus signos.

O tiqqun é a alta definição dos signos: é a aparição dum signo sem espessura e a consciência precisamente dessa carência de espessura, da sua instalação na superfície da imagem em tanto que interfaz.

Por isso o tiqqun é a não-dualidade dum signo, a sua irreversibilidade no tempo e a sua tendência á consecução do mesmo, a sua tendência escatológica ou de resolução e transmutação da historia.

A performance a través do tiqqun que se dá nela conecta directamente com as aspiraçaos da religião xudeo-cristiã e as realiza mais num sentido inocente e sem profundidade, agora já no eido insubstituível da comunidade. Veremos cómo as formas de vida e a comunidade são ante e post-suposto da performance.

De feito, a performance realiza religião- arte- filosofia mais não como um final ou solução integradora dos mesmos (no sentido definitivamente hegeliano) senão como ponto intermedio aos mesmos, interfaz dos mesmos, fractura ou deslocação do seu suposto continuo num instante exterior aos mesmos que sem embargo recolhe e contra-efectúa todas as suas potencias. É dizer, as potencias de religião- arte e filosofia não se efectúan na performance senão é ao mesmo tempo numa destrucção e negatividade das mesmas que se manifesta na absoluta divergência da sua intenção ou no ponto vazio de acto (inactual) no que se conectam.

Mais certamente: a performance e o arte contemporâneo tem que transmutar ainda a potencia da religião e da teoria; pois ao cabo a arte não acaba de sair senão ainda de si mesmo. Se bem nesta Teoria da Imagem tratamos de conciliar ou vincular teoria e Espectáculo, ámbolos dous han de ser também ex- posição metafísica e neste senso religiosa, ou pelo menos nalgum sentido religiosa; no que respeita ao telúrico e cósmico e mesmo ritual das religións pre-colombinas e chamánicas e no que respeita á historia e a sua transformação do tempo em tiqqun judaico-cristá: segundo o pulo nómada que desterritorializa ao povo xudeo no Éxodo que atravessa o tempo.

O que caracteriza ao tiqqun como potencia da religião ocidental é precisamente a sua tendência á consumação, á transmutação final no tempo, o pulo escatológico que leva ao Acontecimento como tal. Este acontecimento está ainda não mais que insinuado na performance como happenning mais falta ainda darlle tudo o sentido teórico e metafísico que necesita para poder ser superfície duma potencia profunda. Mentres tanto, a inocência do arte quedarase tan só em: infantilismo.

A Performance contraefectúa é abre um espacio de sentidos múltiples, diversos, incluso divergentes e contradictorios, conscientes e inconscientes. Agora bem, todos eles som suportados (pelo insuportável mesmo) pela imagem; como instante intermedio absoluto, articulação que não deixa nada fora; de novo interfaz.

Que a imagem provenha dum sem fundo e seja ela mesma não outra coisa que enigma não quer dizer que as territorialidades que ela creia e produz na performance sejam todas iguais de impenetráveis e opacas. A imagem cria e produz na performance espazos de luz e claridade, territorialidades novas muitas delas lógicas, ainda que não exclusivamente. Veremos cómo estas lógicas danse sobre tudo na rede de enunciação que é Internet e que funciona como foro lógico implementario á performance e ao seu Acontecimento; ao tempo que a performance permite que Internet saia do seu logocentrismo e serva de suporte para espazos de pensamento e enunciação lógicos em torno ao Acontecimento que é a imagem e a Performance.

De feito a imagem pode criar novas imagens, abrir e emerger novos sem fundo, pois explora tanto o superficial como o abrupto. Chegado o momento uma imagem cria outra imagem e então entre elas se forma um bucle ou rizoma infinito, inmenso, sem limite. Segundo este bucle a relação das imagems não queda subordinada a sua cronologia ou genética vinculativa; ao contrario toda imagem (deste tipo) caracterízase pela sua autonomía e independência, surge emancipada em si, alem sempre de qualquer cronologia da sua realizacão. Recordemos que não existe efectuação (causa-efecto!) da imagem e o seu acontecer é sempre virtual e surge no tempo Aión sem cronologia nem linha passado – futuro de referencia.

Tudas as imagems comparten um mesmo tempo Aión, presente absoluto sem limites, instante de apertura vertical, fugaz-absoluto do contra-acontecer virtual (incluso poderíamos dizer: do eterno retorno).

4. A IMAGEM E O CINEMA

Ou dito doutro modo: a imagem transcende a imagem-movemento e transforma-se numa imagem-tempo caracterizada precisamente por manter uma relação directa com o tempo, e não indirecta, como na imagem-movemento. A imagem-movemento é a imagem característica o cinema clássico e a que emprega em geral o cinema para a sua constitução e surgimento. Nesta imagem o tempo está aprisionado a respeito a ideia que se quer narrar, resultando assim uma imagem em grande medida dogmática e impositiva: duma narração, duma lógica logocentrista do sentido que quer amosar uma ideia. Na imagem tempo, a desvinculação a respeito á montagem permite que a imagem não esixa nem tenda a uma interpretação; que imagem estea aberta a infinidade de lógicas que pode suportar. A imagem-tempo é ela mesma espazo ou lugar intersticial vazio de contido pero cheio de potencialidade. Um vazio que efectivamente conseguiu das profundidades e conquistar a superfície, absolutamente plana e aparente, determinada e definida, mais in-expresiva em si mesma, ou sem nemgum tipo de espessura que penetrar. O seu silencio e enigma absoluto, o desconcerto e estrañeza, producen não mais que isso: incertidume e devir, instante intermedial, mais que certamente, suporta se se lle carga, com tudo tipo de lógicas…

A imagem-movimento constriñe ao tempo numa representação ou ilustração da ideia que quer expressar, a través do movimento. A imagem-movimento é uma imagem representativa. Ilustra um acontecer segundo algo que passa no mesmo. Por isso precisa fixarse no movimento: como narração dos actos acontecidos: os passos pertinentes das potencias aos actos.

Na imagem-tempo se prescinde desta prioridade dos actos e das accións. Não é que não os haxa ou não os poida haver senão que estes quedan subordinados a uma emancipação do tempo com respeito a eles[1]. O tempo aparece na imagem como algo que se pode filmar em si mesmo, como algo que aparece, na sua duração; e as accións que aparecem então não são senão que secundarias a respeito a esse tempo, a essa duração da escena que é o que prima.

A imagem-tempo expressa a potencialidade do que acontece, e pelo tanto instala-se na potencialidade do Acontecimento; facendo subordinar o movimento ao tempo não faz senão subordinar os actos e as accións a uma duração independente delas, e pelo tanto, a uma pura potencia.

Con todo a imagem tal como a suxire o cinema parte da polaridade e o bloqueo entre acontecer da imagem e espectador; bloqueo que subordina a este último e o mantém num estado de não- emancipação. Para que o espectador se emancipe e o Espectáculo surga imanente hai que chegar á comprensão íntima e profunda desta Teoria da Imagem. Isto significa que não hai imagem sem gravação, sem cinema, etc. mais tampouco sem uma (dis) posição atinada, acertada, a-tenta ante a mesma por parte dos espectadores, que passamos a ser tod@s, no novo teatro.

No novo teatro (performance) imagem-tempo é incluso contra- efectuação duma imagem-movimento projectada; se os assistentes á mesma saben desfacerse da subordinação ao movimento que esta exige e criar um (micro) movimento potencial próprio, uma inclinação ao respeito própria. Deste modo o movimento é gesto emancipado ante a imagem (ainda que esta seja imagem-movimento, dogmática, etc.) que transforma e cria ao margem da industria da imagem, uma imagem-tempo.

5. O IMAGINÁRIO

Nesta superfície do presente o que se suporta é a recreação permanente do imaginário comunitario ex- posto no Acontecimento.

A comunidade (virtual) interactua com a imagem também a um nível virtual, de compreensão: pensando, interpretando, abrindo as inclinacións profundas e metafísicas que se lle suscitan no Espectáculo. Por definicão o pensar virtual sustenta-se na fractura e mana do vazio e a disfunção ou disociacão das facultades não- reunidas.

O imaginário passa a ser para a sua comunidade a superfície inestável e inconsistente na que poder criar e recriar propriamente o seu pensar dentro do pensar sem necesidade de ir ao fundo ou de re-conectar em todo instante com o fundo.

Mais temos medo a suportar-nos sobre a matriz da imagem, temos medo do seu sustento e da sua substancialidade. Pensamos que é um fundo, um sem fundo, pensamos que é ainda o abismo e não cremos possível a sua conquista da superfície e da consistência. Temos medo, desconfianza e inseguridade no seu pulo, na sua potencia, na sua capacidade de devir, gerar e produzir plan(o)s virtuais de sentido sobre os que pensar, nos que instalar-nos de novo, territorialidades que ocupar e habitar, nas que viver com ar novo, com novas imagems e formas, e temos medo a sua alta definição.

O Imaginário é: superfície inestável de recreação das definicións e determinacións da imagem. Superfície na que estas definicións se reformulam, ampliam, mudam, interconectan-se… sem perder a sua potencia, e nem sequer, sem necesidade de acudir ao fundo que as gera. Imaginário é superfície fugaz de articulação da definição e incluso é a tendência a sua alta definição, a adquirir a definição da imagem formas e determinacións mais complexas e elaboradas, sincretismos inesperados, juncións instantâneas sobre o abismo.

O imaginário é a superfície fugaz da re-creação comunitaria. A superfície fugaz, que por não ter apoio, por ser só instante cria e exige um pensamento nómada que a gere e que a assista. A comunidade nómada e a sua forma de vida está por isso em íntima relação com o surgimento da imagem espontânea, com a sua necesidade trágica e com esta Teoria da Imagem.

O imaginário é o plan(o) no que os elementos particulares e definidos da imagem adquiren independência a respeito do seu conjunto e podem reconfigurar-se fractalmente, ad infinitum, segundo a lógica perpetua do fugaz sem espessura.

6. A IMAGEM E O TEATRO

No teatro clássico grego, na sua tragedia, hai efectivamente uma apertura do pensar dentro pensar; é dizer: hai um pensamento que se abre em si mesmo, que abre as suas próprias condiçaos lógicas e viaja ata os seus fundamentos, ata os seus abismos, ao instante originário e fatal no que se gesta, remonta-se ata a sua accidentalidade pura. Esta accidentalidade pura é a traxedia em si: que amosa a im-posibilidade, a in-capacidade, a necedade do pensamento para xestarse a si mesmo, para soportarse ao mesmo tempo que pensa, e amosando por isto, ao mesmo tempo, cómo hai um accidente ou aleatoriedade inevitável e fundamental em toda a constitução do pensar.

Esta aleatoriedade ou accidentalidade fundamental dá origem, na declinação ou deriva máxima da sua potencia á catástrofe ou tragedia no limite da disfunção e produzindo a diferencia pura em si.

Pelo tanto: que hai uma aletatoriedade ou accidentalidade no seo, no abismo do próprio pensar: esto não o pode pensar a sua vez o pensamento; e se o faz ou o intenta vaise atopar, no limite da sua potencia, com a diferencia (absoluta!) que o escinde e o fractura em dois, que o parte (esquizo!) e amosa e faz surgir não outra coisa senão: o insuportável.

Por isso Edipo se arranca os ollos: o seu pensar não suporta as suas próprias condiçaos accidentais, e na tragedia o heroe é o que foi tentado ou dalgum modo conducido a investigar ou tensar esta diferencia ou abismo ata o seu final in-evitável e irreparável na sua máxima separação ou já fractura absoluta incontenível brotando, emergendo, manando…

O teatro burgués ou psicológico suple esta investigação: renuncia a urgar nos fumdamentos de si mesmo e aceita por isso, dalgum modo uma imagem de pensamento: um território lógico-consistente de enunciação e sentido que o suporta, uma racionalidade que não se cuestiona a si mesma nem aos seus fundamentos. Aceita as condições de classe e o seu Espectáculo não é verdadeiramente uma ex- posição do pensar ao seu abismo.

Com issto fecha-se o vínculo do teatro com a metafísica, fecha-se (definitivamente?) o vínculo do Espectáculo com as forzas telúricas e cósmicas (galácticas) do abismo e do accidente; atenúase a sua potencia ao renunciar a sua inclinação ou derivação absoluta que já não é possível primeiro porque não se parte do fundo. Quando logo levamos ao limite estas forças então tampouco produzem fractura. Fecha-se (definitivamente?) o vínculo do Espectáculo com as forças telúricas e cósmicas (galácticas) presentes ainda nos rituais chamánicos, indígenas, pre-colombinos, etc. (tal como sugire Artaud na sua crítica ao teatro psicológico – burgués representativo).

Hai uma tentativa de recuperação da integridade metafísica do teatro e da escena (do Espectáculo!) por exemplo na ópera total wagneriana; algo que efectivamente encanta ao primeiro Nietzsche e a partir da cal surge, não em vão, grande parte de tudo o seu pensamento, e reivindicação das potencias telúricas e dionisíacas no pensamento. A prol duma nova metafísica que não ex-clúa nem o instinto nem a terra senão que precisamente se instale no seu seno e abra, agora de novo, a sua diferencia fundamental, o seu abismo e com ele o accidente.

Sem embargo issto já o relaciona Nietzsche com uma nova imagem, com um aspecto solar e esplendor do pensamento: um grande mediodía que na sua segunda etapa quer converter na resolução, na harmonização: da fractura originaria de Dionisos. É o pensamento da Gran Saúde que tem por horizonte o super homem e a grande política, a nova natureza reencontrada e o sentido da terra. A imagem e o apolíneo já podemos dizer que estava incluso no seu pensamento sobre a tragedia, e incluso poderíamos dizer que se atopaba dalgum modo em Wagner. Agora bem, facía falta liberalo da sua intelectualização e outorgarlle já, definitivamente o suporte e o vínculo com o Acontecimento. Uma transmutação da História, uma re- apropriação das suas forças e da sua política, uma metafísica para ser vivida. O poder da vida e a sua alta definição em Acontecimento é algo que lle falta á conceição wagneriana e que nós mesmos temos que recuperar na performance; e que como digo se formula na vontade trágica do eterno retorno que Nietzsche propón.

A imagem na performance engádelle á tragedia grega o Acontecimento preciso que a suporta. Introduz um instante de claridade solar na articulação de sentido e com issto transforma ou transmuta (tiqqun) a escuridade em luz, a profundidade em superfície fugaz, a declinação ou desviação maníaca em instante eterno de ex- posição ou interfaz.

A performance (ou se se quer o teatro contemporâneo) tem que recuperar por isso as forzas telúricas chamánicas, trágicas, as tensioes que procuram e abren as cavernas e profundidades do abismo e a in-consistencia e in-estavilidade fundamental do pensamento e da(s) sua(s) lógicas. Compre de novo (como sugire Artaud no seu Teatro da Crueldade) recuperar a potencia perdida ao longo da tradição dum Espectáculo Metafísico no que as próprias condiçoes do pensar se abram, se escindam, se amosem e se ponham em jogo e em cuestião. Vínculo de teoria (Theoria) e Espectáculo. Agora bem, esta potencialidade do teatro trágico, chamánico, incluso primitivo tem que vir compensado (na nova era contemporânea…) pela imagem como instante fugaz absoluto, suporte virtual absoluto… soamentes assim acederemos á derradeira e definitiva transmutação no tempo e na historia da escuridade em luz sobre uma superfície harmónica e resoante do instante que a suporta.


7. A IMAGEM E A TELEVISÃO

A imagem na televisão: não é imagem-tempo. Mais o problema fundamental da televisão como forma e exposição da imagem e o desvencellamento que faz do Espectáculo a respeito á Metafísica, ás potencias telúricas-dionisíacas e em menor medida, ao ritual. A televisión amenaza deste modo com consumar o tiqqun; ou dito doutro xeito, amenaza con consumalo no seu aspecto negativo absoluto, consumando a escisión da teoria ou ex- posição do pensar a respeito á terra, o seu sentido e a súa Metafísica Cósmica. A televisão amenaza com ser superfície sem profundidade, certamente, mais superficie da nada sem força, do vazio anestesiado, do não-pensamento ou da simple lógica, vana e infantil, pueril e atenuante, homogeneizante e absolutamente empobrecedora. É a vitoria final do não- sentido, do não- pensamento, da renuncia e do sometemento, da sumisão e da debilidade, do frouxo e do débil fronte a um Espectáculo (Metafísico) da Terra, da Vida e da Morte, e dos seus pulos.

A televisão por si soa é: castração definitiva; encefalograma plan(o) ao que tendem, por veces semella que irremediávelmente, as nossas formas de vida na sociedade industrial e post-industrial de consumo.

A televisão insinúa um teatro do gesto e do Espectador mais pecha a sua interactividade no reducto privado do salón, na interpretação e satisfação psicológica, que reviste e aisla com o consumo e mercadotécnica homogenenizando e anulando toda a potencialidade da Imagem na pantalla.

8. A IMAGEM EM A CAVERNA DE PLATÃO

Neste senso o texto de A caverna de Platão dinos máis do que parece pois agocha, case sem decatarse, a sua propia contra-efectuación. Esta é a que consiste em afirmar uma tensión propia do afora e da teoria (Theoria) dentro mesmo do simulacro: na pantalla ou muro da caverna e na situação que se cria em torno a sua expectação. Que o liberto que presenciou as Ideias tal cal som, que presenciou mesmo a Ideia das ideias, a ideia de Sol, seja exigido a voltar ao espacio cavernoso das sombras e do simulacro, pon em relação directa a este adentro com o afora, á pantalla com a natureza liberada e o sentido da terra.

Que esta relaçao a teña obviado ou atenuado Platão (no desenvolvemento contiguo da súa filosofía) e com ele o resto da tradiçao em grande medida, nao quita a forza do relato nem o feito de que podamos situalo incluso no momento clave no que se articula e pon en cuestión a inmanencia ou transcendencia do Espectáculo e da Imagem respecto da teoria.

O que configura o espacio de A caverna de Platão como Espectáculo nao é soamente as marabillas da pantalla projectada de sombras a través do lume. No relato devería quedar claro que o Espectáculo está (em parte ou sobre todo) na espectaçao que se gera ao redor do mesmo; espectaçao que involucra inevitavelmente qualquera tentativa de aceso á Teoria (Theoria) das Ideias.

De feito, no relato a teoria nao é senao um modo diferente de espectar a pantalla de sombras. O modo (trágico?) daquele que sem poder ser descuberto trata de indicarlles aos demais a saída: que hai un afora.

Esta situaçao do liberto é trágica na medida na que de volta do afora da caverna vem marcado por uma verdade que não fai senao constreñirlle, quitarlle liberdade, uma verdade que o paraliza, que o pon ante a situaçao limite da sua vida e da sua morte, uma verdade que porta um pulo de morte, a do seu asasinato, a emergência da sua supervivencia no seo da comunidade. O liberto será asasinado pelos seus companheiros se amosa no espacio da pantalla e do simulacro que este é tal; que existe um afora; outra realidade… Amósase entao a transcendencia e a meta-física do pensamento como tal. A sua capacidade e perigo de provocar inestavilidade. O seu vínculo com a morte e a tragedia; a sua potencia produtora de abismo.

Qualquera signo-xesto que emita o liberto na sua volta á caverna do seu coñecemento exterior será condenado em direçao á catástrofe se é re-conhecido como tal.

Mais paradogicamente esta situaçao lévanos a uma nova conceiçao do Espectáculo que “supera” nalgúm senso á tragedia a través da Imagem na pantalla e afirma o simulacro e a necesidade da caverna para aprofundar precisamente no afora.

Do que se trata é de que o liberto regresado do afora nao pode emitir nemgum signo com profundidade; está obrigado a manterse no limite da superficie da pantalla; sem espessura, na súa interfaz irreversível.

Deste xeito sem comunicar comunica ou ve que pode comunicar…

Ou mellor; deste xeito os presos ensaian a contra-efectuación da imagem, a constituçao dum plan(o) de interacçao sem fondo na que nemgum quer ser descuberto como liberto, ao tempo que o propio engaiolamento como tal se converte no único modo de expressar o afora; sem expressalo como tal.

Os prisioneiros entao (segundo a lógica de que todos poden ter sido nalgúm momento esse liberto que presenciou o afora e agora está de volta[2]…) ensaian no seu descoñecemento do próximo, e na impossibilidade de emitir con referencia e profundidade os seus signos e coñecementos, uma nova linguaxe ou se se quere un teatro da contraefectuación da Imagem e na Imagem, mais para a súa paradóxica emancipaçao.

Para isso o(s) liberto(s) que están ao final do relato de volta na caverna nao poden senao depurar os seus signos, baleirar a súa (dis)posiçao ante a imagem e a pantalla de toda significaçao profunda de sentido, de toda referencia, emitir signos sem espessura, que se manteñan na superficie plena, brillante, extraordinaria… do sentido.

Mais o certo é que: esta depuraçao dos signos e o seu ensaio para baleirar a súa intençao de profundidade nao é outra cousa que a emegencia da instauraçao do tiqqun. Issto é: liña de transvalorassom do sentido, pura inmanencia deste sentido entao ao Acontecemento, presente absoluto a través dos signos sem mediación, instantáneos, no instante, no presente sem passado nem futuro.

En A caverna de Platao levada a esta situaçao, a esta comprençao e intensidade nao se dá senao o tiqqun: como contraefectucación da Historia Universal Transcendente; e o que se fan trasncendentais som os signos e as posturas, os xestos e as (dis)posicións ante a Imgem, a Pantalla e o Simulacro. O tiqqun é o contra-acontecer da Historia Universal, en tanto que liña intrahistórica na que de facto se forxa e constitúe o sentido, onde o sentido está em contato co seu pulo inmediato, sem mediación referencial como tal, no instante do presente absoluto; Aión que se abre.

Esta linguaxe sígnica do tiqqun abre uma nova forma de comunicaçao e interactividade, propia da performance ou do teatro renovador por vir, na constitucion de novos paradigmas de sentido. É a descodificación das claves da historia e do tempo e a sua apertura á resoluçao inmanente e permanente alem da mesma.


9. A IMAGEM E A INTERACTIVIDADE

Democracia e apertura do foro. Patología e clínica da razón. Alem do teatro e da performance que se jera ao redor da imagem, e na propia imagem e na sua superficie sem espessura na que se posibilita e produz a interactividade. O que comparten tódolos espectadores ante imagem, na performance, é precisamente iso: a espectación. I esta prodúcese xustamente ante a imagem.

A imagem é entao instante disgregador de pensamentos, gerador de singularidades, de posicións que nao poden ser máis que diferentes polo mero feito de estar num espazo-tempo ou perspectiva diferente de espectación. A espectación como tal da imagem define ao instante a posiçao dende a que se pensa; nao podendo dar lugar a dúas posiçaos idénticas dende as que se pensa.

A interactividade na performance acontece entao a un nivel virtual: na virtualidade da imagem. Nao se trata duma interactividade a nivel de accions ou e actos, tampouco a un nivel físico de causas-efectos, senao a un nivel metafísico, do sentido ou da virtualidade.

O que permite a imagem e a video-instalación na performance é crear plan(o)s ou superficies instantáneas (imagems-tempo!) nas que os porpios actores están inmersos em tanto que também espectan o que acontece: a nova que a imagem trae. A resoluçao do teatro na performance con video-instalación nao é a da transformación do público en actores, como muitas veces se ten pensado e como incluso poida semellar que sugire Artaud. Pola contra a transformaçao é a contraria: son os propios actores os que se teñen que transformar em espectadores; mais se trata de espectadores emancipados numa nova conceiçao ou renovación do que é e do que acontece num Espectáculo.

Inducir ao resto de espectadores a emanciparse como tales; facer da espectación um acontecemento libre, teórico e metafísico, producir uma contraefectuación do tempo e da transcendencia historia no que a significación vén jerada diretamente e sem subordinación pola comunidade que a vive e a padece… trata-se duma nova tragedia, duma nova carga de sentido que cae agora do lado do espectador (puro!) e que ja estava presente dalgún xeito na famosa alegoría de A caverna de Platón; como o drama e tragedia que soporta o liberto ante as imagems que se lle projectan e entre os seus compañeiros que nao aceitan outra realidade.

Mais é também Internete a rede ou matriz que suporta e permite esta interactividade virtual coa imagem[3]. A través de Internete lógrase por fin o desbancamento do logocentrismo da tradiçao. Por fin, a lógica e os plan(o)s conscientes de articulaçao son suportados e referidos á imagem como instante interconector e mesmo gerador dos mesmos.

A apertura de foros de enunciaçao e articulaçao lógica de pensamentos acerca da imagem e da performance, a estavilidade de plan(o)s, de novas territorialidades, agora si, lógicas e conscientes, mais que sao suportadas e (re)cargadas continuamente pela imagem e a performance como Acontecemento fugaz, e sem o cal (sem o Acontecemento da imagem e a performance) estas territorialidades lóficas de enunciaçao e consciencia nao terían a sua correspondente toma-de-terra, correrían o perigo da súa inflamación lógica da virtualidade e incluso, nem sequera posuirían o rigor da alta definiçao que aporta a imagem como instante original.

Xustamente na dinámica que posibilita a in-estavilidade da imagem, do seu xorder, etc. fronte a estavilidade dos foros de enunciaçao e articulaçao lóigca da rede, xoga a consciencia coas estratificaçes do pensamento e permite uma maior flexibilidade e permeabilidade das capas e dos territorios muitas veces superpostos e bloqueados. Que haxa um fácil e fluido aceso das capas profundas ás superficiais; e sobre tdo: que se lle permita á territorilidade que é a consciencia e o seu pensamento lógico ter un acceso e un vínculo directo coa espontaneidade tráxica da imagem… issto é o que posibilita entre outras cousas que definitivamente se peche a ferida, a fractura do profundo; é o que permite alcanzar a consistencia, a razón e o diálogo na comunidade; isso si, sempre que se manteña o contacto destas territorialidades de enunciçao na rede coa imagem performática e o seu pulo fugaz.

Se mantemos en contacto as lógicas e os territorios de enunciçao coa potencia virtual da imagem e da performance, sempre cun vínculo renovável i em constante re-creación e cuestionamento: a comunidade que así o pensa e soporta manterase sá, atopará um amplo espazo para a razón e para a consciencia. As decisións, as pragmáticas, as (micro)políticas, etc. veránse enriquecidas ao máximo ao plantexarse dende a cercanía inmediata e inquietante do abismo aberto da imagem. E a comunidade em definitiva poderá pensar e darlle estavilidade lógica ao seu imaginário.

Sem embargo também existe o vínculo contrario: a relaçao contraria. Nao soamentes os territorios de enunciçao (em Internet…) lle dan estavilidade á imagem; é a imagem, a performance e a sua potencia virtual sem acto a que nao deixa de xerar e permitir estes mesmos territorios dos que falamos e que sem ela nao serían possíveis, nem terían a mesma razón, a mesma carga, a mesma capacidade de (des)territorialización das nosas falsas seguranzas e bloqueos conscientes.

A imagem pela sua força inevitável, incontestável, trágica, súbita e fugaz… destrúe e cria as novas territorialidades da consciência segundo se poidan ou nao producir e partir dela e da sua matriz cognitiva que entao se forma.

Em concreto, a forma reticular de enunciçao que é Internet permite que este tipo de lógicas e as súas territorialidades correspondentes se articulen con respecto á imagem; sem que a lóxica por ser lóxica trate de fundamentarse a si mesma; deixando aberto a súa explicación originaria, permitindo vincularse a enunciaçao a instante fugaz dum video, dum performance, da imagem, dum Acontecimento…

É esta innovaçao reticular a que permite quizais por primeira vez uma verdadeira democracia global: um foro no que os pensamentos, opinións e enunciaçoes poden manterse em vínculo directo co Acontecimento, manter a sua imanencia e nao procurar e incluso ter imposibilitada a autofundamentaçao logocéntrica.

Por necesidade a enunciçao en Internet ten que ser perspectivada: nao cabe que sexa impositiva, dogmática, universal e logocéntrica a opiniao. Por moito que se intente, sempre existe a posibilidade de comentar uma enunciaçao, de referila a outro link, a outra página, a uma imagem, a um video, etc. Por muito longo ou bem artellado que estea um artigo sempre cabe referilo a outro mais extenso, más intenso, más importante, com más vencellamentos na rede.

O emprego lógico e incluso crítico da razón tende deste modo á opiniao; mais nao por elo devemos pensar que se desvirtúa a lógica. Pela contra, a lógica da opiniao, aparece agora, uma vez renunciado ao fundamento exclusivamente racionalista e deductivo, (a lógica da opinión aparece agora) como a articulaçao máis precisa e pertinente do dizer e aquela que pode en efecto contactar co profundo e a virtualidade do instante da imagem sem sabotear nem quebrar o centro da sua superficie e aparencia.

Passamos duma crítica da razón a uma clínica; e mediante a opiniao (doxa en grego) facemos ao pensamento enfrontarse a sua paradoxa máis essencial. A paradoxa do seu fundamento e origen.

A clínica da razón consiste, en vez da crítica que opera por distancia, separaçao, puntos fixos e neutralizados de perspectiva, a clínica consiste na asunción da curva (inclinaçao) como perspectiva necesaria. En vez do punto fixo, neutralizado, separado e aséptico a clínica da razón é a inclusión da posiçao no problema, o devir e o transformarse da posiçao de enunciaçao ao tempo que o problema, e a indisolubilidade fundamental de ambos.

Na Internet a imagem é interfaz de pensamentos, de razóns e opinións, de posiçoes e valores. I esto o consegue a imagem nao subordinando a sua presenza á do texto nem centralizándose nela o pensamento. O consegue a imagem sendo suporte de enunciaçao e nao viceversa.

Já pela mera razón de que na rede Internete o texto está descentralizado em si mesmo: porque um texto nunca se refire a si mesmo, senao que sempre queda aberto e ex- posto as súas ligazóns e comentarios, aos foros e a sua presenza nos buscadores. nao hai na Internet texto fechado, nao hai libro, como discurso aislado; senao que tudo discurso remite a outro e é remitido por outro. Con mái razóns nas webs 2.0 mais também nas outras pois ao cabo, as preferencias nos buscadores e a criaçao de links dende qualquer página inflúe e incluso determina a publicidade e o valor do texto a respeito aos outros.

Ao romperse esta obxectividade das enuniciacións na intersubxectividade comunitaria da rede o que se cria é ja por si mesmo uma fractura, uma escisión, un emerger e uma ex- posición das condiçaos que determinan tudo pensamento (clínica!), e pelo tanto uma tendência do pensamento a devir cara o encontro e incluso o choque (estoupido!) das súas facultades. Uma apariçao das suas in- capacidades, da sua im- potencia e necedade para dizer algo definitivo. Incapacidade para fundamentarse logicamente e pelo tanto: emergencia da Imagem.

Com tudo a rede nao vale se nao está vinculada ao afora com respecto a ela que é a performance como lugar positivo da imagem. Internet é o background da performance e da sua imagem; é onde propriamente a imagem gera territorialidades lógicas e de enunciçao novas, tras a sua experiência na performance. Estas territorialidades, nao em si mesmas imaginativas, o sao na medida em que surgen e teñen uma relaçao inmediata com a performance e a sua imagem; e nao deixan de ser pela contra territorialidades vacuas e nihilistas, espessuras de encefalograma plan(o) na medida em que se desvinculan do seu afora imaginativo e se fechan em si mesmas na procura dum centro lógico que nao atoparán mais que a expensas do Espectáculo Metafísico irrenunciável.

A imagem na Internet é o video, a gravaçao, a correlaçao dum presente sem espessura nem mediaçao, a apariçao dum presente diferente na súu máxima expresao e por tanto a vivencia dum tempo sem pensamento, sem posiçao, sem observador, sem subxectividade fixa. A apertura que se dá deste modo da subxectividade é a que permite repensar a imagem dentro do que ela ja é: uma posiçao, agora bem, que queda desterritorializada a través da tecnología da cámara.


10. A TOMA-DE-TERRA

A toma-de-terra é a conexión que necesariamente deve posuír a imagem com algo que estea fóra-de-si para que esta (a imagem) nao sexa nem se converta em mera condensaçao virtual; ou tenda a algo assim como uma inflaçao ou inflamaçao dos nossos cerebros e pensamentos.

A toma-de-terra é a que permite que haxa uma des- carga no proceso de re- carga do sentido e que a potencia acumulada na imagem, e sobre ela, teña de facto um vínculo com o que acontece.

De feito a toma-de-terra nao senao: o que acontece. Ou alo menos o vínculo do do virtual e a imagem com o sem fundo e o profundo. A garantía do abismo.

A toma-de-terra é respecto da imagem: a performance ou o propio corpo contra-efectuando a imagem cos seus xestos, numa radicalidade física da súa (dis)posiçao ante a imagem. Por ejemplo, nao hai toma-de-terra no visionado da imagem por televisión nos salóns das nosas casas. O cal nao quere dicer que estea proibido o facelo, ou ben que o visionado a distancia da imagem, em privado, nao tenha nemgum valor nem sentido incluso dentro desta Teoria da Imagem.

Pela contra, si que tem sentido o visionado privado e particular da imagem, sobre tudo a través de Internet, pois posibilita, como já se tem dito, a geraçao de territorialidades lógicas, espacios para a opiniao, o comentario, o foro, a toma de decisións. É o que chamamos foro paradógico da razón, no que esta se enfronta as suas condiçoes fundamentais, nas que tem que asumir a imposibilidade da sua própria explicaçao e por isso a argumentaçao tem que volverse clínica incluso antes que crítica.

Agora bem, nem o cuestionamento das condiçoes acontece, nem o enfrontamento paradógico, etc. se nao hai esta toma-de-terra da que falamos; ou polo menos corremos o perigo de que nao aconteza pola falta de contato co fondo: co abismo.

A toma-de-terra garantiza o contato: de Apolo e a superficie da imagem con Dionissos e fundo abismal do seu surgir. É o vínculo, a (des)carga de certa energía e determinaçao que porta a superficie da imagem em alta definiçao respecto ao seu profundo fondo sem fondo.

A imagem em Internet, incluso o seu comentario, etc. corre o perigo de inflamarse em si senao se coneta co pulo dionisíaco: pois o comentario tende a xustificarse em si, a territorializar-se e estratificar-se ao margem da desterritorializaçao originaria que incluso o permite; aquela desterritorializaçao que permitiu pensar e gerar um novo territorio lógico.

Os territorios lógicos facilmente poden tratar, pela sua propia inercia, pela inercia que é a territorialición cara o estrato, a independizarse da imagem fugaz, inconsciente, desterritorializada… da que aquí falamos. E incluso facerse uma versión dela, defraudala, sabotear o seu pulo profundo. E quedarse: na perigosa autocompraciencia das verbas sostidas nao máis que na lógica.

Muitas veces, aínda que as territorialidades lógicas de enunciaçao fagan referencia a uma imagem, caricaturizan a mesma e xogan cuma pseudo-imagem virtual, xogan ao revés cuma imagem dogmática, representativa, ilustrativa do que se está a dizer. E hai que ter coidado (warning!).

Por isso; cómpre a continua conexión e re-conexión das territorialidades lógicas e de enunciaçao (que sobre todo se dan en internete ou na televisión como modos particulares e privados de asistir á imagem) de que esta posúa umha toma-de-terra; issto é: um vínculo co Acontecimento, co instante virtual e sem tempo no que esta imagem apareçeu, etc.

Soamente así o Espectáculo e a Teoría recuperan esse vínculo do que falamos coa Metafísica e as energias telúricas e vólvense por isso efecticamente imanentes.

A imanencia da imagem (a sua toma-de-terra) maniféstase ao cabo na inmanencia física do seu tiqqun; issto quere dizer: que o tiqqun como teatro dos xestos prodúcese numha plena concexión destes coas particularidades do corpo, com máximas intensidades destes que conforman o que algúns chaman o seu corpo-sem-órganos.

Tem que haber na contra-efectuação performática da imagem torsións e desprazamentos que comprometan ao corpo enteiro: issto nao sao virtuosismos nem grandes malabarismos ximnásticos do corpo, senao incluso micromovementos case imperceptíveis pero que atravessan e transforman a (dis)posiçao dos nosos corpos com in-tensidades que van alem de calquera ex-tensión que os suporte. O corpo passa de ser extensivo a ser intensivo[4].

Issto pode ser simplemente o movemento duma pestaña, um suspiro, um pequeno girar a cabeza e mirar cara outro lado, o movemento do dedo dum pé. Tudo pode ser síntoma e sobre tudo signo dum pensar a superficie em conexión coa toma-de-terra.

Do que se trata é de darlle ao corpo a sua dimençao intensiva e configurar deste modo um corpo sem órganos, que é tudo ele molecular e desexante em vez de molar, extensivo e estratificado. O corpo in-tensivo dase quando uma intensidade por muito pequena e excéntrica que sexa articula sem embargo tudo o resto do corpo e digamos que a estratificación ex-tensiva deste corpo queda subordinada, in-eficazmente, ante esta in-tensidade. Ou digamos que a extensión queda neutralizada.

A in- tensidade do corpo sem órganos dase quando uma tensión acontece interiormente ao corpo, ao margem dos seus órganos ou da sua organicidade; uma tensión que pelo tanto surge no corpo como um tudo, e que por pequena e excéntrica que seja (um picor num párpado, um cosquilleo num dedo dum pé…) sentimos que o corpo, tudo o corpo não é senao isso (esse picor, essa pequena in-tensidade que sem embargo vai como medrando ata que nos posúe absolutamente…) e tudo o resto de órganos e diferenciais ex-tensivos que caracterizan ao corpo sao borrados, subordinados ou neutralizados… neste acontecer.

A toma-de-terra permite entao a efectiva produçao do signo sem espessura na performance, na contra-efectuación da imagem. Cando o liberto de A caverna de Platão está de volta na mesma e ten que emitir um signo que nao dea que pensar alem do signo mesmo, ten que emitir um signo intensivo, a partir dum corpo-sem-órganos. Deste modo garantiza que o seu signo sexa puro signo, pois incluso o órgano do cerecbro, o sistema nervioso digamos, articula-se nesse instante in-tensivamente e nao pode manter a conciencia nem a intención dun afóra respecto ao cal ex-pressar (sem que esta afora sexa ao mesmo tempo o seu máis puro e comprometedor adentro visceral, entrañável, in-tensivo, etc.).

A imagem e a Peformance poden e incluso deven ser comentadas e territorializadas em espacios discursivos de enunciaçao como sao a Internete ou a asistencia post-factum que permite a televisión, certos tipos de televisión, etc. Agora bem, este feito nem substitúe nem permite prescindir da imagem, a performance e o teatro como Acontecemento inmediato e inmanente do sentido; Acontecemento insustituível, toma-de-terra que permite a re-conexión constante do dizer e do especular (a especulaçao teórica, social, política, laboral…) co fundo que o produz.

Incluso havería que pensar de qué modo se produz na performance e no teatro esta conexión co corpo-sem-órganos, coas in-tensidades, é dizer, en qué medida dispoñemos ou nao, nos nossos encontros, de tomas-de-terra. Isste é un asunto complexo e moi difícil senao impossivel de delimitar exactamente com verbas pelo menos no contextro desta teoria que precisaría dum tratamento aparte.

Há quem fala do experimento no que uma rá é metida de súpeto num caldeiro com auga a uma temperatura extrema, que não suporta, poñamos ums 80º, de tal modo que ao metela, a ra nao aguanta, trata de saír, nao pode e fenece no caldeiro. Agora bem, se a rá a metemos co auga a temperatura ambiente, e lle imos subindo pouco a pouco os grados ata chegar aos 80º, a ra vaise acostumando e não nota o cambio, ata que ao final chega aos 80º e fenece. Do mesmo modo (ja nao o cambio climático exterior) o nosso propio cerebro e a inflación e especulaçao que este soporta é diferente se o sometemos a ela de golpe que pouco a pouco, paulatinamente, segundo este se vaia adaptando ao incremento.

O excesso de medios pseudo-virtuais que nos rodean, a sociedade da comunicaçao e do Espectáculo tal como está montada, tende precissamente a issto: a ofrecer um Espectáculo sem toma-de-terra; um Espectáculo van e autocompracente, do mesmo xeito que um emprego da imagem e da súa teoría em territorialidades des-conectadas, isoladas, des-vinculadas do seu instante absoluto e produtor. Issto nao quita, que por isso mesmo caiba e sexa oportuna uma Teoria da Imagem, uma recuperaçao da dimençao do Espectáculo, etc. Precisamente no momento en que máis amezado está e no que máis clama a súa inamencia; a umha comunidade que o produz e o asiste, a umha historia, um devir, uma política que então se transformam e se volven inmanentes também.

[nota sobre a] In-organicidade fractal da imagem

A imagem é in-organicidade fractal: pois se sitúa segundo a súa produçao fóra de todo sistema. O sistema, como conxunto de causas-efectos, ou sobre todo, coma conxunto de potencias e actos segundo uma relação determinada que é, é o contrario da imagem. A imagem se produz súbitamente, sem causa-efecto, mediante umha case-causa, e a súa potencialidade nao dá lugar a nemgum acto. Quédase tuda ela no instante inmóbil virtual. A partir de aí o modo de produzir a imagem, dentro sua, configura uma nova matriz: na que nao hai movemento, ou na que o movemento queda subordinado ao tempo (instante presente da imagem-tempo) eterno sem espessura. A quietude, o inmóbil, o presente Aión da imagem produz ja nao segundo a xénese potencia-acto; senão segundo a lógica fractal da repetición e a iteraçao inmediata. Pois ao cabo: de que modo podemos produzir algo de algo se estamos no instante ex-tático e inmóbil da imagem que nao pode devir, nem fluir alén da súa poténcia? como producir um instante novo? A produçao fractal mediante iteraçao e repetiçao garantiza certa continuidade no discontinuo, na suceçao do tempo coma instantes. Asumindo que não podemos enlazar dous presentes segundo a liña de passado-futuro que se ten borrado no acontecer ex-tático e iluminativo da imagem: que modo cabe de gerar novos instantes, novas territorialidades e espacios? Precisamente: as novas territorialidades prodúcense a través da repetiçao e da iteraçao pois é a través delas que se dá incluso uma diferencia máis inmediata que em qualquera outro sistema orgánico de produçao. A produçao no instante, sem saír do instante, esixe a cristalizaçao ou fractalizaçao da potencia do devir que se repite ou se itera sobre si mesmo fazendo então da perspectiva o modo de diferenciar-se e (re)cargar-se de in-tensidade isso mesmo que aparentemente acontece.

[1] Na obra de Gilles Deleuze amósase cómo emancipaçao do tempoi é ao mesmo tempo uma emancipaçao do que chama opsignos e sonsignos; issto é: signos ópticos e sonoros. Issto consiste em que as qualidades estéticas (cores, texturas, soms, etc.) teñen um acontecer em si, por riba dos actos e as accións nas que acontecen. É por isto que passamos a uma crise da imagem do cinema clásico como imagem-acción e a consecuente apariçao duma imagem máis enigmática e dificil de ler e pensar: imagems ópticas e sonoras puras que expressam uma duraçao e pelo tanto uma emancipaçao do tempo a respeito de qualquera ideia á que se subordine. Com tudo, o “erro” de Deleuze neste texto, é nao considerar a importancia do espectador na configuraçao e constituçao duma imagem-tempo, tal como acontecería na performance, independentemente se a imagem á que asiste é ou nao imagem-tempo ou é imagem-movemento. É precisamente esa proposta a que se desenvolve neste texto, empregando por outra banda nocións que si desnvolve Deleuze noutras e abundantes partes da sua filosofía.

[2] Dar pé a esta possível comprensao do relato platónico é fundamental para entender o que aquí se propón. Trata-se do pensamento segundo o cal o liberto cando volta á caverna despois de presenciar as Ideas pode pensar e incluso devería decatarse que do mesmo modo que el poderían estar os outros; e incluso que a ele nao lle cabe outra opción mellor senao que supor isso. É dizer: o máis atinado para poderse comunicar a partir de entao cos companheiros respecto ao afora nao é para o liberto senao supor ou pelo menos nao exclur jamais que estes companheiros están na mesma situaçao que ele. Que pelo tantoui ja presenciaron também as ideas e que están de volta como ele tratando de disimular, nao se sabe muito bem cómo, o seu conhecemento. Desta sorte, surge, en A caverna de Platao, unha nova complicidade inesperada no relato mesmo, ou no relato qual. Surge uma amplificaçao e resonancia das posivilidades da caverna; em relaçao cuma potencia do Espectáculo e o Simulacro que como digo, nao explorou Platao, a pesares de que essa potencia se inclue como vemos, implicitamente, no relato. Repetimos: o liberto agora de volta na caverna nao pode comunicar o seu conhecemento do afora mais, nao pode ser que o resto de presos estean na mesma situaçao desde um principio? Pois, certamente, é o que inteligentemente cabe supor, aínda que de feito nao o estean. A partir de aí, a relaçao entre eles, essa complicidade da que falamos é ja o propio teatro-performance, como veremos, é o teatro dos xestos, ante a imagem, o intento de contra-efectuar esta imagem, de saír do seu dominio e imposiçao, mais sempre sem poder dicilo claramente, sempre disimulando entre todos que nada acontece, a comunidade de presos tem que ir aproximándose, numa comuicaçao sem espessura nem referencia que os acuse, cara o afora.

[3] Entao habería que distinguir dous tipos de interactividade coa imagem. Uma primeira imagem ou a um primeiro nivel sería a interaçao propiamente espontánea, durante o acontecemento da imagem, na performance como espectadores da mesma; no Espectáculo. Mais uma segunda sería a interactividade mediata, a través dos medios de comunicaçao e enunciçao que poden ser Internete entre outros; como a simple escritura, o comentario, a opinión, etc. Aínda assim, concretamente en Internete esta segunda forma de interactividade adquire a sua gran resoluçao. Fronte a interactividade imaginaria, xestual, nao-lógica, sem espessura, etc. que se dá na performance, este segundo nivel da Internete produz uma interactividade lógica, em novas territorialidades de enunciçao que surgen, e é uma interactividade ja mediada e mediática, pela razón, com profundidade e explicaçao de si mesma, com interpretaçao ou pelo menos xustificaçao.

[4] Recordemos a res extensa de Descartes e en geral de tuda a modernidade que separa corpo e pensamento. Pela contra a intensidade do corpo ou o corpo intensivo (sem órganos) nao se pode entender ao margem do pensamento e do sistema nervioso, pois xustamente é este o canal das intensidades e nunca se dá uma materia por si soa, inerte, sobre as que estas intensidades acontecerían. Mais informaçao sobre o corpo sem órganos em Deleuze-Guattari, em geral em muitos dos seus escritos, máis em particular em Mil Mesetas, Como facerse um corpo sem órganos?.

23 Respostas to "Teoria da imagem [Man Hauser]"

O texto é certamente impresioante, tanto que non sei se podo opinar con moita rigurosidades, xa que hai moitas cousas que se me escapan. Polo cal, coa noraboa por adiantado, tan so se me ocorre facer un par de preguntas e se acaso poñer algunhas pegas, esto último nada máis que para dar a miña visión dende outra disciplina, a que a min me atingue, a antropoloxía.

Primeiro, gústame moito a idea de espectáculo coa que traballas.

Segundo, en canto a idea de imaxe ei de recoñecer as miñas limitacións. Penso que non entendo ben todo o que dis e que non acerto a coller todas as referencias. Tal vez axudase citar aos autores dos cais se toman as ideas, como fas nos apartados posteriores cando falas do teatro e o cinema. Dadas as miñas limitacións, facer unha pregunta a partir desta cito: “a imagem transcende a imagem-movemento e transfórmase numha imagem-tempo caracterizada precisamente por manter umha relacao directa co tempo, e nao indirecta, como na imagem-movemento”. Entón, a “imaxe” é a “imaxen-movemento” e non a “imaxe-tempo”, ou ben son dúas categorías da imaxe? De que imaxe se está a falar no primeiro epígrafe?

Terceiro. Ao diferenciar entre imaxe-tempo e imaxe-movemento e dar a reflexión que pego aquí abaixo ¿non estamos afirmando una posición manique en favor da segunda? Alén da forma da imaxe, non existen outros elementos para definir algo como “logocéntrico” ou “dogmático”?… Quero dicer, baixo a forma da imaxen-tempo non hai tamén mezquindades, ou dito con Deleuze, condesacións do poder que presionan e reprimen o desexo? A cita da que falo é a seguinte:

“Nesta imagem (imaxen-tempo) o tempo está aprisionado con respecto a idea que se quere narrar, resultando así umha imagem em grande medida dogmática e impositiva: dumha narraçao, dunha lóxica logocentrista do sentido que quere amosar umha idea. Na imagem tempo, a desvinculaçao con respecto á montagem permite que a imagem nao esixa nem tenda a unha interpretacao; que imagem estea aberta a infinidade de lóxicas que pode soportar. A imagem tempo é ela memsa espazo ou lugar intersticial, mais baleiro de sentido.

Por outra banda, o que eu non vexo moi claro é o das formas telúricas, os “chamanes” colombianos e a referencia aos “primitivos” (Tempo atrás a antropoloxía deixou de chamar primitivos a grupos contemporáneos e subalternos como os bosquimanos, por exemplo). Cito:
“[…] esta potencialidade do teatro tráxico, chamánico, incluso primitivo ten que vir compensado (na nova era contemporánea…) pola imagem como instante fugaz absoluto, soporte virtual absoluto… soamentes así accederemos á derradeira e definitiva transmutaçao no tempo e na historia da escuridade em luz sobre umha superficie harmónica que a soporta”

Atreveríamos a decir o mesmo se en lugar de ter en mente aos “primitivos” ou os “indíxenas” estivésemos falando dos rituais extáticos da New Age, o Evanxelismo de extrema dereita ou as posesiós i exorcismos que practica o Vaticano? Por suposto, non é o mesmo unha cousa e outra, como tampouco o son aquelas múltiples expresións que se resumen baixo o termo desafortunado do “chamanismo”. Na miña opinión, chamanismo, igual que relixión, é un único referente (logocéntrico) para engaiolar moi distintas expresións. Do mesmo xeito, hai algo moi noso nestas liñas que non comparto: a celebración do “fugaz absoluto”, sen dúbida algo que non ten que ver en absoluto cos rituas “chamánicos” dos pobos “primitivos”. Polo demáis, non creo que a alternativa sexa escoller entre “molecular” ou “molar”, senon en como traballar as dúas cousas conxuntamente (de novo, non hai un maniqueismo onde o molar sería o malo e o molecular o bo; polas moitas conversas que tivemos sei que non pensas cousa tal, pero eso é o que parece dicer o texto, ou, ao menos, eso é o que entendo eu lendoo).

E unha derradeira cuestión: “A televisión por si soa é: castración definitiva; encefalograma plan(o) ao que tenden, por veces semella que irremediávelmente, as nosas formas de vida na sociedade industrial e post-industrial”. Ei de dicer que estou inclinado a aplaudir esta idea, máis non o podo facer. A tele é unha merda, vale, pero ademáis de dicer por que, penso que é interesante pensar como é vista polos espectadores, cómo a súa propia capacidade de cambiar de canal transforma os contidos, por que a xente se é tan mala a sigue vendo, como está transformándose a tele coa chegada das novas tecnoloxías (o que nos media studies se chama “cultural convergence”), etc… E dicer, sería útil pensar a tela como un espazo de indagación sobre as transformacións contemporáneas e como un campo de conflicto político (entre espectadores y programadores, por exemplo). Neste punto parece brotar de novo un maniqueismo internet/televisión que, dende a miña perspectiva, penso que habería que matizar (por moito que esté de acordo con que a i-net é un medio con moitas máis posibilidades). Por exemplo, cando se di “ja pola mera razón de que na rede Internete o texto está descentralizado en si mesmo: porque un texto nunca se refire a si mesmo, senao que sempre queda aberto i ex-posto as súas ligazóns e comentarios, aos foros e a súa presenza nos buscadores”, habería que preguntarse se tal descentralización e intertextualidade é de por si algo bo. E dicer, sen dúbica é algo que transforma as cousas, válido por tanto para analizar as transformacións en curso da imaxen e o saber/poder (como ben dis, “Internete é o backgraound da performance e da súa imagem; é onde propiamente a imagem jera territorialidades lóxicas novas”), máis cousas tales como a flexibilidade, o descentramento, a morte do autor, etc., sempre sinalan reconfiguracións que constrúen novas de poder. Penso que esas novas formas deben de ser problematizalas.

Pola contra, o seguinte análise penso que é ben potente e que de ahí se pode sacar moita chicha:

“A resoluçao do teatro na performance con video-instalación nao é a da transformación do público en actores, como muitas veces se ten pensado e como incluso poida semellar que suxire Artaud. Pola contra a transformación é a contraria: son os propios actores os que se teñen que transformar en espectadores; mais se trata de espectadores emancipados nunha nova cocepción ou renovación do que é e do que acontece num Espectáculo”.

Igual de interesante é a idea da “imagem interfaz de pensamentos”.

E nada máis, espero que os comentarios podan ser de algunha utilidade. Quixen enfatizar as pegas por cuestións pragmáticas, pero noraboa de novo, xa que o texto é certamente potente!. Con escritos como este estou seguro de que a investigación colectiva vai a ser todo un éxito!! 🙂

Apertas!!!

grazas Antón polos teus comentarios trato de responder a continuación pedindo perdónpor anticipado pola mistura galego-portugués que fago.

respecto o da imagem-tempo: seica nao debe estar claro pos confundes os termos. Se hai un maniqueismo no texto é a favor da imaxe-tempo, que é propiamente a imaxe-virtual, contra a imaxe-movemento que a imaxe que digamos que reproduce as conexións causa-efecto que se dan no plano físico; é dizer, reproduce o movemento ata tal punto que parece que nao hai cinema senón en torno a este movemento como acontecemento. Pola contra na imagem-tempo o que acontece xa nao é o movemento, senao o tempo. E digamos que o movemento passa a depender deste. No texto sempre falo de imaxe-tempo a non ser que se diga o contrario.

O que máis me interesa do meu texto son… varias cousas. Pero quixera agora saltar a atençao sobre unha delas: que nao fun capaz de desnvolver ben e que bloquea e condensa aínda gran parte do texto. Trátase do fenómeno da integración e da síntese fronte a digamos que disgragaçao e produzón de diferenza. Cada vez máis estou vendo que o que interesa é o segundo en vez do primeiro, e que moitas veces permanecemos a pesar diso no primeiro paradigma, que é un paradigma dos contidos, das esencias, e que diferencia aínda contido de canle, etc. É dizer; o texto tense que afincar máis na idea de que a image-tempo, a imagem-virtual, a imagem da que se fala em definitiva… nao integra nada, nao reune, nao sintetiza ou polo menos nao é sintética (no sentido por ejemplo kantiano). Pola contra é matriz na medida na que produce em si diferenza, xera esta mesma diferencia mais de elementos nao pre-existentes a ela, senao de elementos ou singularidades que soamente aparecen, se iluminan, xorden con ela memsa, soamente no plan(o) que entao se crea… Así, por ejemplo, está mal, e ja o modifico, cando dicía que o imaginario emprega a imagem como plan(o) común de pensamentos ou chan que os soporta. Non é así, porque iso dá a entender unha sorte de pre-existencia ou exterioridade deses pensamentos á imaxe na que se soportan… En vez diso cómpre resaltar a irreversibilidade digamos que ontolóxica destes pensamentos xerados na diferenza pura e sinistra que produce a imaxe irremediablemente.

Para isto, seica teño que desenvolver novos mecanismos de enunciación e aparatxa conceitual, pois é un tema espinoso, mais tamén son consciente de que este aparataxe pode vir por si só, na medida en que nos situemos onde nos corresponde neste senso…

E isto, ten moito que ver co que comentas antón sobre a televisión, o encefalograma plano e quizais o maniqueismo. Respecto do maniqueismo… non sei moi ben qué dicirche; pois por exemplo, seica é un recurso moi propiamente francés o de opor dous sentidos en torno a unha mesma idea para marcar a diferenza. Véxase o exemplo molecular/molar en deleuze-guattari, consumación/consumo en baudrillard, diference/diferance en Derrida, etc. Agora ben isto non quita que quizais poidamos atopar unha sorte de complementariedade ou implementación ao proceso molecular para non ser maniqueistas como suxires; mais coido que iso non vai ser recuperar ou xustificar de ningún xeito o aspecto molar. Algo que poda complementar/implementar o molar en deleuze pode ser por exemplo a súa noción de plan de consistencia, que se parece incluso a un sistema, que integra dalgún xeito os devires moleculares, mais que deleuze-guattari o entenden necesariamente desterritorializado, e nunca como formación molar. Ou ben dito doutor xeito: o único que pode interesar das formacións molares son as súas liñas de fuga; é dicir, que en tanto molaridades permiten aínda a parición de fugas, mentres que pode ser que os devires moleculares collan certas tendencias que ao contrario, soamente podan acabar de devir sendo molares; nao sei se me explico.

Respecto ao da televisión o que che quería dicir era: que os pensamentos e as lóxicas que xera a televisión son posicións homogeneizadas. Certamente, quizais caiba desenvolver máis este pensamento e poida precisar detalles interesantes. Mais o que intuo é algo así: soamente hai interactividade coa imagem na medida na que as posicións desde as que se pensa estean sustentadas pola diferenza. Que pasa? Que a diferenza que se lle deixa ao espectador televisivo nao é emancipada; nin de coña! seguramente por varias razóns. Entre elas poden estar: O feito de que a imagem provén dunha industria cultural estatal (ou privada pero pertencente ao sistema capitalista etc, etc.) da que o espectador está excluido como productor, e soamente participa nela como consumidor (e non consumador). Mais tamén, que a forma de presenciar esa imaxe é diferente.

Digamos que neste punto se explica precisamente a diferencia da que antes falaba: ante o televisor os espectadores pensan (no sentido débil) unha imaxe en común para reconciliarse, reunirse (gregarismo) na homoxeneidade ou nada do bloom. Na imagem tempo, na imagem da performance ao contrario, xorde a imagem pola propia actitude emancipada dos espectadores e pola configuración e constitución dunha imaxe de alta definición a través das diferencias que portan e projectan ao acontecemento. Neste punto o xordimento da imaxe e a (dis)posición dos espectadores á mesma é simultanea.

Amigo Man,

Alégrome de que me envíes (nos envíes) este texto; apenas agora o empezo a ler. Sinto, na primeira aproximación, un paroxismo lector: un recoñecemento mutuo na textura da túa escrita e unha presencia (interior) que me recorda (dèja vu) a algo que, descoñecido, mora no meu interior. Cando isto sucede, xeralmente, atópome cunha resonancia, o que fai que me desdobre no signo do texto / filme que leo, e ¿qué significa isto? Algo semellante a dicir que iso re-coñécese en min coma certa, ou coma senda que concurre hacia algún aspecto donde o logos acontece real, non dóxico. Isto é, que aí hai verdade.

Por iso, estímoche en moito e estimo a agradabilidade coa que escribes.

En canto poida lelo profundo, dígoche en carta o que considero máis axustado e a súa contrada.
Bicasos, retóricos e iluminativos, dende Rianxo.

Rob.

efectivamente o texto está moi inspirado en ti, roberto; aínda que por outra banda, como saberás, levo traballando estas cousas dende hai anos, e as preocupacións e temas de performance, espectáculo, imagem, cinema, etc. son “propias”, ou digamos que parte do meu processo. O que cada vez me interesa máis é a accesibilidade a estes planos dos que falamos: se certamente a performance pode consistir en PENSAR e se pode compartir así umha sorte de Espectáculo Metafísico ou de Teoría-Espectáculo………….. pois coido que iso nos interesa a tod@s………….

seguimos falando………

Guau chicos, gracias por todas estas lineas,

Muchas cosas se me escapan, al igual que Antón tengo que meterle a los estudios sobre cine de Deleuze, pero solucionaré esto pronto, muahahahaha. Simplemente quería hacer una pequeña “defensa” de la tele, para añadir otra perpectiva -que por otro lado lado va por donde apunta Manu y Antón- por si es útil. Otra cosa: ¿Manu, que tienes contra los videojuegos ;P? Me gustaría que explicaras tu postura pues me resulta de mucho interés.

*Imagen y TV*

La televisión es en primer momento superficie pictórica, imagen del mundo contenido por un marco: esfera. Un cuadro de Kasimir Malevich, anarquista ruso, futurista, dramaturgo, poeta, artista. Antes de encender, inmovil: “Cuadro negro”, bordeado por marco gris, marron o madereso (antes de la aparición del plástico). La tele-visión es una forma de suprematismo, forma pura que busca expresar la cosmología del universo en una imagen pura y perfecta: experiencia mística que recurre a lo más básico, la linea y el plano. También es golpe al espectador burgués que desearía ver un rostro y solo encuentra el agujero negro de sus ojos: la labor de un artista anarquista. El ojo parte de sí hasta el punto de olvidarse de sí. TV es también una bofetada al museo y a la tradicción artística, minimalismo, abstracionismo, reproducción. Reproducción: sin la TV jamás llegaría a escribir estas lineas.

¿Que más puede ser esa caja de pandora? Prender el botón y ver el ruido blanco. Pantalla negra vs ruido blanco (recordemos a Serres). El temple ov thee psychick youth (Genesis P-Orridge) encontraría en esas lineas descompuestas el método cut-ups de Burroughs. “Cortar la imagen, reformarla, redefinirla para nosotros: estos son medios para aprender y cuestionar constantemente nuestra percepción de la sociedad, la experiencia se transforma en la base del conocimiento”. Genesis desarrolló un ritual en referencia al ruido blanco consistente en la autohipnosis y la proyección. El ruido blanco, caos en sí mismo, tomaba forma como imagen en la consciencia y contraefectuaba esta.

Finalmente la TV es, sobre todo, ampliación de la vista y modificación del cuerpo. “Te gusta William Burroughs, sale por la televisión, lo grabas y lo tendrás en casa cuando quieras, siempre, Así pues, sin duda forma parte de tu sistema nervioso, está a tú alcance, puedes tocarlo” (David Cronemberg, los hombres son hierba). Hombres obesos comiendo en sillones de sky, sí, también niños que de mayor querran ser aventureros, revolucionarios, cowboys, antropologos y filosofos para conocer ese mundo que ya ven. El medio es el mensaje: La TV es el medio por antonomasia de una visión conectada global, un sistema nervioso que pone los cuerpos de todo el mundo enchufados por un cable rgba. La TV produce gafas -hay que estudiar más esta relación. Artificie de nuestra globalización, también artificie, por supuesto, de la guerra global permanente. Pues la televisión en ante todo campo de luchas, ¿acaso alguna vez fue diferente? Malevich la reivindico para los proletarios rusos, en Oaxaca tomaron sus medios de producción hace poco. La TV es la imagen de nuestro mundo.

Abrazos.
Ro.

Boas!

Hai un par de días merquei a Imaxe-Tempo de Deleuze, o estou comezando a ler. É un texto ben duro, complexo, e fermoso!! Co que lin entre onte e hoxe, coido que vou entendendo mellor o que plantexas 🙂 Ainda así, teño que seguir lendo. Xa te digo: é algo do que non teño coñecementos suficientes. Por certo, unha idea máis, penso que sería ben interesante ampliar este tipo de análisis, como o que ti fas, a outro tipo de fenómenos: p.ex. os videoxogos. Sei que a Ro lle vai o tema (agora ando viciado co Anno 1404 i estou tentando que o Assasin que me baixei funcione 😉 ).

En canto a T.V., concordo coas críticas que lle fas, ainda así a tele vai mudando: non é a mesma a que se fai agora que tíñamos hai unhas décadas. Segue sedo un marabilloso arma de neutralización i estupidez. Segue sendo unha grandísima porquería, pero na sua insustancialidade evidéncianse cambios na forma da produción de espectáculo. Valga como exemplo chorra o dos mensaxes a móviles que se publican na parte inferior da pantalla, ou os programas de zapping feitos co material que envían os espectadores (como aquela sección de Iker Jiménez onde se recollen fotos “inquedantes” feitas polos telespectadores, je, je). Ou mellor ainda, as formas nas que o producto da TV (un show, unha serie, o que sexa) lonxe de rematar na T.V. exténdese con múltiples prácticas i espazos, por exemplo Internet, valga de mostra o que acontece con Lost (Perdidos). Tamén mudan as formas de acceder os contidos: eu vexo un montón de series feitas para a TV, pero que nunca veo con ese aparello, senon descargadas da rede, consumindo a publicidade virtual, escolléndo eu o momento de velas. Non son cousas triviais. Cando a TV chegou aos fogares a arquitectura dos mesmos mudou (disposición das habitacións, modos de comensalía, etc.). Poco despois os productores decatáronse de que a TV non era algo simplesmente -e a diferencia da radio- feita para ser vista, senon que durante certas horas de gran audiencia a maioría dos “espectadores” a empregaban como unha “radio”, a cal as veces, cando lle interesaba o que escoita, o espectador a miraba por un rato. Por eso os anuncios da TV soen ter o volumen máis alto: nos seus inicios era para dar toques de atención a ama de casa que mentres limpaba, planchaba e cociñaba a tiña encendida. Co cal chego a varias conclusión:

– A forma-imaxe non depende simplemente do medio e o contido. É ademáis unha cuestión de modulación de prácticas, co cal a forma-imaxe e as súas consecuencias non poden entenderse, por exemplo, sen as prácticas realizadas polos espectadores (e non so polos productores), así como non é comprendible sen analizar a forma que asumen os espacios onde a imaxe é efectuada e vivida.

– Co auxe das novas tecnoloxías as vellas perviven, pero nunca igual a si mesmas, senon que unhas e outras se lanzan flechas redefiníndose ambas.

– Na mutacións dos dispositivos tecnolóxicos as prácticas mudan. Entender como están mutando, que novas formas de poder, saber e resistencia emerxen, é algo que pode ser investigado.

Por último, sobre o molar e o molecular, prefiro citar a fonte.

“En Mayo del 68 ocurrió lo mismo: todos lo que lo juzgaban en términos de macropolítica no comprendieron nada del acontecimiento, puesto que algo inasignable huía. Los hombres políticos, los partidos, los sindicatos y muchos hombres de izquierda, cogieron una gran rabieta; repetían sin parar no se daban las ‘condiciones’ […] Un flujo molecular escapaba, primero minúsculo, luego cada vez más inasignable… No obstante, lo contrario también es cierto: las fugas y los movimientos moleculares no serían nada si no volvieran a pasar por las grandes organizaciones molares, y no modificasen sus segmentos, sus distribuciones binarias de sexos, de clases, de partidos” (Mil Mesetas, 2004: 221).

No basta con condena-lo molar, pois o problema é que o molar (as representacións) non poden ser suprimidas, hai que traballalas. Son necesarias incluso para construirse un Corpo sin Órganos: “hace falta conservar una buena parte del organismo para que cada mañana pueda volver a formarse; también hay que conservar pequeñas provisiones de significancia y provisión”; “no se puede alcanzar el CsO, y su plan de consistencia, desestratificando salvajemente”; “lo peor no es quedar estratificado -organizado, significado, sujeto- sino precipitar los estratos en un desmoronamiento suicida” (Mil Mesetas, 2004: 165). Entón, non podemos decir que o molar sexa o que hai que rexeitar e o molecular o que hai que apertar, senon que no contexto onde un está, no presente no que un se ubica, hai que cuestionar a pragmaticizade das formas molares existentes (concepto de muller, a representacióndo do indíxena, orgullo negro, a institución da familia, a identidade da esquerda, etc.), ver cales son os límites desas formas molares, cales son os fluxos emerxentes que as comezan a desterritorializar (queer, cosmo-indixenismo zapatista, redefinicións da esquerda, etc.), valorar entón a situación e experimentar cos devires moleculares e as formas molares, todo xunto, á vez.

Por último, en canto ao problema da integración e a síntese na imaxe, penso que é algo que a min agora memo me supera e por moito. Ti o tes moitísimo máis traballado. Coido que non teño nada que aportar, senon máis ben aprender. Co cal aprezo a túa reflexión. É un problema moi ben traido, certamente fundamental. Vou a ver se lendo o libro de Deleuze consigo poñerme na túa estela, pois a pesar do calor destes últimos días de verán, vas dándolle ao pensamento a mil por hora 🙂

Amigo Man,

A verdade é que me deixou estupefacto a idea do teu texto; non porque non me resonasen as ideas, que, como ti ben coñeces, levamos traballando, paralelamente, dun modo aproximado dende fai tempo. O que si me sorprendeu e gratamente é a aproximación que fas ao fenómeno do Espectáculo: un, eu, é tan singular nas súas cousiñas que para el, eu, o Espectáculo é proceso de capitalización (excesiva) da imaxe como patrón de alienación, diría: patrón de alienación do “ben común” dado como obxecto pero interaxido coa comunidade coma “ben presencial / contemplativo” máis ca “algo dado coma unha determinación final de procesuación lóxica positiva”.

Esto quere dicir, máis ou menos, que o Capital abrangue o Espectáculo de tal maneira que o que se fixo visible, dentro da maia (social), coma contido é instantaneamente fagocitado para formar parte da mesma coma “un elemento máis (da súa orde xerárquica e verticaloide de funcionamento)”, o que non quere dicir que, esas formas espectaculares, non conteñan verdade: ¿dirías ti, por exemplo, que Michel Foucault polo feito de ser enxergado espectacular nos ambientes estudantis estadounidenses perdeu parte do seu valor? Eu diría que non, que, en certo modo, amplificou o seu valor, pero (como certamente conclúe Jean Baudrillard en Olvidar a Foucault) desvirtuou a (súa) crítica do poder, constitutivo, como un analxésico para as novas fomras de este (do Poder) no seu devir-mundano no real social contemporáneo.

En fin, a Espectacularización non ten nada de negativo (ora ben, a negatividade pensada coma Imaxe sería un bo campo, fértil, de investigación; pero non abondarei no tema porque creo pertinente este outro). É dicer, a Espectacularización (coma todo proceso de concrección ou negativización-designativa de algo) non ten por qué ser algo desvirtuante, senón que é o seu uso (a súa proxección de valor dirixida) a que produce unha certa negatividade, carente, como ti e eu sabemos, de valor. Ao fin, a Negatividade da Imaxe espectacularizada cando devén nun medio social sen crítica constitutiva e filiforme é raíz de todo alienar e procesuar fatídico da mente a un nivel de reducción e parasitización do sistema cognitivo. A crítica constitutiva da Imaxe Espectacular, según Guy É. Débord (e Vanegueim, etc.) é a de que esta, a Imaxe, supón unha virtualización alienante da mercancia en un punto de consumo no que a conciencia humana se supón a sí mesma satisfeita polo ben consumido como “algo meramente virtual”, e comeza, así, a procesuar unha consumición progresiva inorgánica (virtual, anudada no proceso non físico, pero sí representativo) de “materiais primos de constitución do ser”, nunha progresiva dislexia paralizante que absolutiza o proceso social e o converte nunha reticulación memética de articulacións de outros devidas ante nós como Fundamento. Esa é a teima do Situacionismo, de Hakim Bey, de Camille de Toledo, Giorgio Agamben e todos os outros (incluidos Tiqqun) que pensan no acontecemento da Imaxe coma a parálise do proceso previo á constitución de esta; é dicer, ao ámbito primario donde a Causa se efectúa como base dunha alteración do ser en un nivel sempre novo. Verbigracia, a alteración da conducta natural da Imaxe co seu centro xerador (Aión, ou Virtus Pura, ou Raíz / Rizoma Esencial: acaso Malla Enerxética Primaria ou Fotón Primario, etc etc) fai que esta careza de Fundamento e se converta nun remedo, irónico, do que foi no seu inicio. A imaxe, en por sí, non é nada, cando esta se disocia do seu proceso constituinte previo ou premórfico, enerxético ou raíz

Agora ben, a Imaxe, fóra desa constitución alienante e relativa, produce un ben maior, isto é, unha transmutación da psique a novos niveis de ser: non descoñezamos que a maioría dos rituais pre-occidentais ou non-occidentais carecen no seu fundamento de unha retorización do proceso coma unha estructura definida e sesgada por igual como un “algo concreto”, é dicir, nas culturas (mal chamadas) primitivas a función do “chamán” (termo siberiano sh’aman = “o que coñece ou ve”, curador, re-sintetizador coa comunidade, se o queres ver así) suple a do intelectual ou pensador na sociedade actual contemporánea e racional: o chamán, nas tribos, polo menos nas comunidades nas que eu estiven, é o que, por razóns non deductivas, coñece e intúe o preciso para cada quen no seu desenvolvemento personal (e re-integración a un “modo de vida bo”, según a lóxica ética que eles definen: “ser bo con un é isto ou aquilo”, “vivir feliz con un implica isto ou aquilo” …), pero, ao mesmo tempo, é quen de reconducir a comunidade ao seu centro orixinario, ao lugar no que esta se fundou, é dicir, ao sitio onde a súa xerminación cultural se orixina coma un modo de devir no real, en paz consigo mesmo e en articulación sempre novidosa do seu adentro.

O Chamán, ao igual que o pensador, é un mediador: canaliza ordes de realidade para que apareza ante un outro algo que el descoñecía, pero que estaba aí agardándoo para que “outra orde” fora posible.

A pregunta é, ¿cómo o fai?

Sintéticamente, usa a manipulación dos medios ao seu alcance para transvalorar o medio no que se encontra, e facer ver (a ese outro) que o seu conflito ou razón de ser non ten sentido, alomenos, non o ten, dentro dese outro contexto donde aparece o Sagrado. Entendido, en termos sempre abertos, e nunca academicamente reductivos, por “todo aquilo que escapa á orde racional de sentido e da valor a este espacio natural donde a nosa cotidianidade se da”: o Sagrado é o re-ligante puro. Re-ligación, como ben sabes, procede do latín e implica unha re-conexión. Ah, claro, pero re-conexión con que…

Segundo os chamáns a reconexión implica un estar avido a unha enerxía impersonal que move o mundo e á que eles chaman Espírito, Vento ou Nahual (nas comunidades indíxenas zapotecas chamábanlle La’azdao = Viento Fuerte, Viente que provoca Conocimiento, ou Corazón Esencial). Eso, que se tematiza en occidente co Logos, é a razón común á que se refire Heráclito e, en certa medida, a Arché da que os presocráticos instigan constantemente a súa busca e necesaria religación consigo (con esa forza, digo). O certo é que, para os chamáns, alomenos cos que eu estiven, esa forza é impersonal e nunca toca ao aspecto socio-personal humano, é dicer, a túa inquietude de se estou ben ou mal, ou quero isto ou aquilo non ten valor: teno, din eles, a proxección que esa realidade da na túa vida coma unha implosión da súa (de esa forza) potencia no teu ser, obrigándoche a coñecela, a esa forza, tal e como é. É dicer, para o chamán a re-conexión dase como previo anticipar de un momento no que a conciencia humana (do enfermo ou da persona que pide a súa axuda) se prepara para adquirir o grao de coñecemento que a permita saltar as barreiras lóxicas da súa sociedade para ser a-social, é dicer, nómade no camiño espiritual que implica o re-coñecer (constamente) a esa Forza e aprender dela. ¿Que se obtén deso? Din eles, coñecemento, crecemento e, unha palabra estraña para nós, Esencia. ¿Qué é a Esencia nun mundo posmoderno? Algo terrorífico. Pero ¿qué podería ser para nós, occidentais posmodernos, a Esencia? O Froito Insurrecto da nosa Potencia (Interior ou Causa Primaria da que fala Spinoza, Leibniz e Deleuze, por non dicer Nietzsche, incluido Heidegger, claro… a los abuelos se los respeta 😉

Agora ben, e como incisición co teu texto, ¿qué podemos, nós, aquí, aproveitar de esas outras culturas non-racionais (no sentido do seu uso extático do real e intuitivas no modo de devir con entorno: por sinais, xestos e premonicións)? Eu diría, certamente, que moito. A cuestión é ¿cómo? Ben, mirándoo detidament, a construcción ontolóxica que fas vai moi ben (pero que moi ben) encamiñada, fáltalle, polo demais, unha serie de cousas que, creo, potenciará a túa investigación e a fará medrar con crecer, amplificando, se cadra, o espectro resonante das verdades conceptuais que a túa matriz dictamina no real. Vou a intentar dicirche, en breve, puntos que vexo frouxos no texto, e algún punto positivo:

a) Antes que nada, o teu galego, perdona, é malísimo. Non o digo polo mal uso dos termos, senón (con certa burla esquiva pola miña parte) para que te poñas as pilas en tanto ao uso estilístico do galego-portugués (ILG ou AGAL, o lusista, quero dicir). Aprende, co Estravis (Diccionario Galego) ou o da RAG (Real Academia Galega). En Internet podes achar, con moito valor, grandes gramáticas da lingua portuguesa (ao igual que o brasileiro, xa que agora están unificadas: galego-portugués, brasileiro, angoñeño, mozambicano e portugués padrâo). Unha, por exemplo, pode ser: http://www.flip.pt/tabid/592/Default.aspx (Ferramentas para a Língua Portuguesa). O texto está estilisticamente idóneo, pero fáltalle o pulo gramatical, que sempre da, formativamente, gusto ler. A forma, esencia da negatividade, xa o dicía Adorno, é unha esencia que temos que ter controlada, para que non se nos escape… Na forma hai verdade.

b) A Imaxe: Non pode explicarme moito, neste medio, agora, a esta hora, acerca da implosión verbal que denota a túa reflexión acerca da Imaxe. Só unha notiña: o desenvolvemento que fas ao longo do texto paréceme moi bo, pero adoece na conformación teórica-videncial da “Imaxe” como constructo orixinario de Sentido. Introdúceste demasiado lixeiro na conceptuación vertixinosa da “Imaxe” como proceso cataléptico e non tanto coma proceso pre-constitutivo do real (¿acaso pensache en que a Imaxe pode ser factor procesual que denota sentido só na súa parada, é dicer, cando a pre-visualizamos, nunca cando a vemos en movemento: non querería dicir isto que a Imaxe en Movemento é pura implosición do acontecemento sen forma, no seu corpo sen órganos?). Agora ben, a introdución que fas á esencia da Imaxe é pertinente, pero fáltalle algo de pulo constructor, algo de “chicha” (que diría Antón): un pouco máis de concisión e, de modo retórico, perdón polo termo, “unha introdución sosegada ao sentido histórico-xenético da Imaxe”. Eu sei ben a qué te refires, pero a teoría precisa sempre unha fundamentación (arquitectónica, ben sabía Foucault) que dea pé a unha comprensión para unha maioría. ¿De qué serviría falar das “categorías kantianas” sen introducir antes o termo a priori e a posteriori? De nada, só serviría como pensamento (puro) no seu procesuar un sentido. E a lóxica concurrente do real é deductiva, e non só intuitiva – inductiva (acaso “intuitivo-extática” como intúo tracexas no texto). En fin, a Imaxe sí, pero clarifícame as bases conceptuais para que eu poida “navegar” na súa inmediata introdución nos campos teórico-conceptuais nos que te introduces a partires daí: Internet, o Baleiro e a Rede Espectacular do Mundo.

c) A Imaxe e a Interactividade: Certo, en todo. A imaxe coma proceso interactivo é fundamental. E aquí recordo unha cousiña que che pode ser interesante: os navajo, sureste dos estados unidos, teñen, entre as súas tradicións, unha que é primaria na constitución do sentido do ser (xove, aínda non determinado socialmente coma “home ou varón”, acaso “guerreiro”), que é a estancia (de retiro) na chamada Cabaña da Visión. Esta sitúase, xeralmente, polo chamán, no alto dun monte, lonxe da comunidade, fóra de todo alcance, imprudente, dalgún dos membros da mesma. O xove vaise alí, guiado polo auxiliar-guía ou titor, para pasar unha tempada ascética (de non tomar alimento físico, de non ter contacto con humanos, etc.) dentro da Cabaña, sen máis medios ca unha pel de bisón, ou varias, e un pouco de auga, a economizar durante esa tempada. Ao cabo dun tempo, e só dirixido por esa soidade, o xove ha de atoparse coa, por eles chamada, Visión – Mestra ou Visión – Matriz. Esta é, din eles, o resultado de un proceso interior que o seu espírito gardián (aguia, coyote, ou algún ente inorgánico puro sen corporeidade visíbel) lle da (por impulsión visionaria) en algún momento da súa estancia. O xove acada así, en ese estado de transo, que pode durar, perto de, dúas semanas, a Matriz Interactiva para a súa Vida. Se o xove, como foi o caso (neste caso non sei se é navajo) de Alce Negro (creo que Needham, ten escrito a súa biografía dialogada), este deberá abandonar a comunidade e ir alí a donde a Visión lle di. A Visión é a Matriz que interactúa a Vida dunha Persona, ou de varias, caso que ese xove teña a tarefa, por exemplo, de converterse nun guía e guiar a outros. A Interfaz, da que falas, é sesgada, así, dende a Imaxe. A Imaxe, iso si, coma un factor medio entre a Imaxe-Tempo e a Imaxe-Movemento; nunca unha Imaxe-Quieta, sempre unha Imaxe que da valor constante ao Pensamento. Nota: unha vez, en Oaxaca, nas montañas, tiven (nunha circunstancia semellante, cando quixen deixar completamente a Filosofía e Antropoloxía) unha Visión, na comunidade indíxena, co chamán, na que estaba. Esa era vir a Galiza e volver a introducirme nese mundo (tan denostado por min, naquela) da Cultura Académica. Agora, aínda que me quixera ir, non podo abandonalo. Porque aquí, aí, mellor dito, encontro a miña resolución vital. Entón, ¿qué lle faltaría, pregunto eu, á xente de hoxe en día? Imaxes sobre as que interfactuar a súa Existencia coma proceso en Indagación Expansiva (no Real). Algo de transvalorizar o suxeito medial do mundo anda por aí: recobrar a potencia (interior) a través da Imaxe. Enton, acho que é certo o que dis. Pero, hai que pensar que a Interactividade fai que a Imaxe non estea nunca quieta e que sexa, máis ca Imaxe, un Continuum de Imaxes diseminadas en rede coma unha Malla. Esa Malla é algo impensable, aínda agora, pero que toca, directamente, coma Realidade Cuántica. ¿Quen di que na raíz do suceso cuántico non se dan imaxes, e que estas non son, en certa medida, un proceso constitutivo do real coma signficación? Alomenos, polo que sei de Física Cuántica, nada o contradi. O propio Richard Feynmann falaba desto moi abundantemente cando “veu” que o real sub-atómico mostraba diagramas imaxinísticos do seu pre-procesuar ontolóxico no real. Agora ben, ¿cómo facemos que a Imaxe deveña en nós coma unha Interactividade plena? Aí tocamos…

c) A Televisión, Internet e o Espectáculo: Paulo Virilio fala, en Homo Videns, de este factor. Philippe Quéau, en Lo Virtual: Virtudes y Vértigos (Paidós Hipermedia, 1999), tamén fala disto. A arte, di este último, intermedial é aquela que proxecta un factor virtual no mundo procesual da imaxe constituida coma cotián. A cotidianidade, así, vese asimilada a un factor replegante donde a posibilidade (do actuar e crear) se reduce a un ens planum (ente plano): o todo vese reducida a unha das partes, porén, a puntos de vista (cosmovisións relativas, relativistas non, é dicer, einstenianas, non). Os puntos de vista son artifactuacións de “observador e observado” indisociablemente ligados a un contexto donde “se ve algo significativo”. Isto é así porque o Suxeito humano, na súa constitución de valor, deslinda a sintaxe da súa observación do Obxecto contemplado e configura unha realidade de posesión sobre o algo que está aí, reticulado, cando menos, e decididamente absolutizada en “algo devorable” (Emmanuel Lévinas falaba deste el Totalidad e Infinito: Un Ensayo sobre la Exterioridad, dicía: “o proceso noético (ir á cousa) implica acorralala, devorada, tela aí presente como “. Iso, ao meu ver, é o síndrome occidental: a obxectualización da Existencia. E porén a obxectualización do proceso de “observado”, o cal é reducido a un momento no que o Suxeito (algo deslindado do proceso común de observación-e-observado sen distinción e sen dualidade) produce unha Imaxe reticular, paralizante e absoluta do que “iso aí movéndose” é: hai, en certa medida, unha disgregación do Eu subxectivo do proceso de observación. Hai unha definición do Obxecto, o que se ten por algo total, absoluto e inmediatamente coñecido como Representación. A Representación é o dominio dos parvos (perdón, polo eufemismo), no sentido en que o Representado é dado mediatizado ao que é aí, é dicer, a representación é unha Presencia mediada que, pode ser, virtualizada nun factor desmedido de control ou alienación. A Representación é a Obxectualización do Obxecto Coñecedor polo Suxeito que o enxerga. Perdón pola complicación: O Obxecto é dado a coñecer coma unha Imaxe (fixa) do seu proceso interior (de presenciación). Iso, en certo modo, é bo, nunha cultura de carácter “científico”, pero pouco da (no seu excesivo uso demagóxico) na concrección de novos factores de des-alienación e de-colonización do Suxeito, que non é outra cousa ca regresar á fonte orixinaria donde se nutre a Imaxe. ¿Qué supón iso? Perder o vértigo á Imaxe que se dá sóa no real, e produce unha contorsión espacio-temporal que abrangue a totalidade do existencia. Movémonos nun mundo de Imaxes, dio dende Victor Turner, en A Selva dos Símbolos, até Jean-Paul Sartre en O Ser e a Nada: todo se move por Imaxes. A cultura tecnocientífica fundaméntase nesta coma proceso de constitución do seu valor: a Imaxe electrónica, porén, coma proceso de configuración instantáneo da Imaxe en potencia virtual, e dadora, eso sí, da virtualidade efectiva do real coma instanciación do medio no que a realidade imaxinística nace. A Imaxe, así, no medio electrónico aparece coma a farmacopea que elimina a dualidade entre o Observador e o Observado, e o fai entrar, directamente, na dimensión virtual na que as Imaxes se crean: ámbito mixto, medio ou matriz, a razón intermedia, da que fala Quéau, ou a lóxica cuántica, acaso a dimensión intersticial, na que Félix Guattari e Gilles Deleuze nos ensinaron a pensar. Incluso, podería ir máis aló, o ámbito mixto, medio ou matriz da non-realidade, do non-facer ou da non-vía (espacio taoísta por antonomasia). Ben, a arte intermedia, así, ao igual que a solución Deleuziana á Imaxe no seu tratado do tempo da ficcionalización visionaria: a Imaxe-Movemento coma patrón constructivo, e a Imaxe-Tempo coma factor destructivo (pero non eliminador, porén, é Negativa: e, asemade, creativa de potencias inversas, sempre que non teña trama), son as maneiras en que podemos entrar no ámbito de xeración imaxinístico que se nos media sempre, na cultura tecnocientífica, coma un Obxecto Manipulable, unha Razón Definida, un Nominalismo Excesivo ou, tristemente, unha Ficción (Narración) que se repite sempre na mesma trama, un mesmo contido, un mesmo triste tópico (chico guapo encuentra chica guapa acosada por malotes y empieza a descender un nuevo modo de vida feliz, porque ellos vencen, siempre… los buenos, los guapos y los delgados; de ojos azules, claro, o morenitos). Esto é, a invención da Trama no século XIX (nos relatos de Balzac ou de Victor Hugo) implica o descubrimento dunha ficción que se amplifica no lector, é dicir, o lector é partícipe desa ficción, pero precisa, necesariamente, unha activación do seu proceso imaxinístico. O ser, entón, así, empeza, na súa actividade, a escribir a súa trama na que se desdobra do texto e aparece nunha nova dimensión na que a Imaxe visible (a que observa no seu subconsciente) empeza a repercutir na súa cotidianidade, entrelazándoo nun proceso de fabulación ontolóxica do seu ser. Así, pois, a Imaxe coma proceso en crecemento, cando é revertida á súa Orixe, factor virtual ou primario, fai que a intermediación entre os factores deixe de ser estático e empece a nacer unha nova conciencia implicada na non-dualidade do factor constitutivo dunha nova cognición que é, ao igual que as tramas fabulescas do medievo, ou da antiga grecia, un factor tráxico que reinserta ao ser ao seu proceso de potenciación e adquisición de coñecemento, creación, insurrecta, da súa vida coma un factor “por inventar”, pero nunca “determinado por un dispositivo narrativo exterior que o define”: tal como acontece a día de hoxe, na cotidianidade na que a televisión (aínda que non a nego vexo a pobreza das súas liñas imaxinísticas, etc.), o espectáculo cinemático e a rede internet (nos modelos máis privativos e asimilados polo sistema, capitalista e reticulador, isto é, disgregador forzoso entre Observador e Observado) crean un espectador pasivo que se alimenta, como dirían os Situacionistas, de concreccións de valor que forzosamente levan a unha vida sedentaria e sen reflexión. Agora ben, o que nun principio foi un factor recesivo pódese converter, no reviravolta do Espectáculo coma Interacción, á máis pura esencia tráxica dos chamáns (nos seus rituais iluminativos) ou obras teatrais (participativas) que piden a axuda do público para se crear, ou happenings colectivos, ou acaso novas formas de interactuar coa rede televisiva (dando valor ou creando… non sei, novas formas de audiencia), nun factor des-alienante que potencien a vida das personas e as fagan ser criticas co seu consciente cotiá, ademáis de amplificarlle as ás perceptuais a novas determinacións cognitivas. Ben pensado, creo que a infamia desta sociedade que aquilatra deberá, no seu seno, de facer brotar novas determinacións espectaculares que a fagan revirar, no sentido, incluso, iniciático eleusino, sen embargo e para iso non sexamos parvos, fan falta consideracións cognitivas novas: un novo modelo de biopoder ou unha estructura dispositiva de control non reticulante, a nivel social, que permitan a participación da potencia de cada un, a súa auto-expresión e a súa realización personal coma seres en construcción e invención de si mesmos. A Observación e o Observado fará que a presencia Espectacular se retire das mentes das personas producindo unha reiterante introducción do Observado no Observador e do Observador no Observado. En fin, iso é o que di a Lóxica Cuántica: “todo proceso de observación implica unha reformulación do observado, non hai observador, todo é observación”. Entón, como dicía Jacques Derrida, “non hai afóra do texto”, eu diría, para non enfarragar máis con palabras logorreicas todo o teu discurso, ben trazado, que “non hai afóra da observación”. De modo que Espectáculo é síntoma de grandeza, cando este deixa de ser reticulante e empeza a ser desplegante. Cando o Espectáculo é síntoma de espectación, polo que pode chegar a ser, e non síntoma de adicción a algo que aínda non chegou (Harry Potter, por exemplo)… En fin, os exemplos son varios… pero ínstoche a que vexas este factor que entreleo. A realidade virtual asobállanos, pero só mediante a des-reticulación das mentes nun proceso de regreso ao non-observativo chegaremos a encontrar respostas á dualidade configurativo dos que mandan (observan) e dos que obedecen (observados). En todo caso, a rede internet, e niso si creo contigo en todo que hai algo de valor inmenso no seu centro, pode converterse nun laboratorio de experimentación coa forma, ou coa performatividade, no sentido extenso en que esta se aparece no real. A performatividade entendida como proceso de “encontro significativo mediante a presencia de algo dado ao mundo, encarnado”. Aí, hai un gran traballo, a meditación debe facerse dende a pensabilidade de que algo novo se pode dar dende o non-observable mais si presenciable, ou represenciable, a través da Imaxe constitutiva en movemento, e non estática, paralítica, FIXA. A performatividade é algo constitutivo, dado a ver entre a inmensidade da posibilidade consciente, e creativa, dunha Presencia no real, pero non algo final. Non é posible pensar na performatividade se non hai, ao mesmo tempo, un espacio donde esa performatividade se da. O espacio de internete é interesante, pero hai que pensar que Internete é Todo, a cuestión é ver que “esa ferramenta” é razón suficiente para crear un novo espacio de interpretación, e niso sí creo verdade o enunciado de que a rede internet pode ser un espacio de investiación colectivo: a rede internete coma proceso de nova esexética do ser interpretándoo coma un proceso de significación colectiva, carente de autores definidos e donde a nova crítica emerxe coma un factor non centralizado, senón descentralizado. Cando se dan estes factores, cando hai aí ese pálpito, emexe unha nova Narrativa. E aí é a donde vai o meu discurso contigo… a Narrativa da Imaxe debe desfacerse de tópicos antigos, pero non paralizar o anseio procurante dunha nova cosmovisión integrativa e que permita ao suxeito paciente, pasivo, facerse activo, crítico, consciente, coma nos ritos eleusíacos, ou nos rituais chamánicos de iniciación… Perder a religación con algo é perder a vinculación cunha orixe na que se dá un fundamento para a nosa constitución de valor, no real, coma unha nova ética. E niso, aí, vexo outro grande milagre do teu texto: a posición ético-estética do suxeito activo no mundo que crea unha interfaz nova para dar sentido ao real.

Espero que este texto non che resulte excesivo, e que si che permita albiscar por donde creo que falla a túa percepción, e que non tanto se faga ver concretamente nos puntos donde falla, ou donde se da endeble, senón en que o todo da investigación que vamos creando se vaia amplificando e religando a sí mesma cara un centro donde a verdade iluminativa nos revele aspectos cercados do coñecemento a un novo paradigma ou factor de interpretación que nos leve a aprender, todos xuntos, do que o real, no seu inmenso proceder, é.

Sen máis,
Biquiños.

Rob.

Ah, unha cousiña, antes de que me contestes, máis. A diferenza entre o teu texto con outras formas de enunciación teórica e retórica é a ausencia deste, do teu, nos ámbitos mal chamados académicos (ou academicistas) de sentido, donde o valor e a significación se dá sempre esexético e repetidamente manoseada; é dicer, os ámbitos académicos co-crean (xeralmente, non sempre, véxase, para máis inri, Foucault ou Deleuze) espazos discursivos de discusión sempre repetitivos e nunca creativos. O teu discurso, na súa vasta enunciación de procesos dunha orde que aínda está a verse a día de hoxe, implica un (novo) ámbito de creatividade no e do pensar, ámbito que escapa decididamente ao ámbito recalcitrantemente repetitivo da academia: no teu discurso hai aire fresco e iso gústame.

A Teoría da Imaxe pode ser un bo pretexto para unha Teoría da Cognición, e asemade da Visión: fíxate, unha Teoría da Cogitación Imaxinística. Qué interesante, non?

Bicos inmensos.

Antón di”A forma-imaxe non depende simplemente do medio e o contido. É ademáis unha cuestión de modulación de prácticas, co cal a forma-imaxe e as súas consecuencias non poden entenderse, por exemplo, sen as prácticas realizadas polos espectadores (e non so polos productores), así como non é comprendible sen analizar a forma que asumen os espacios onde a imaxe é efectuada e vivida.”

eu penso: efectivamente, de feito xa antes deste comentario estaba dándolle voltas a este tema e quixera remarcalo dalgúin xeito; incluso xa o fixen pero aínda non o engadín ao texto colgado. Con todo non é algo que se chegue a contradecir totalmente no texto: por exemplo cando se fala da necesidade dunha sorte de atención absoluta, de desintegración molecular da conciencia e se cabe do desexo tan sequera para que a imaxe tan só: aconteza. Agora bem,. é certo que hai que marcar e destacar máis este polo, polo que precisamente me parece que é o que fai cojear ao texto de imagem-tempo de deleuze: que se queda tan só do lado da produción da imagem e non deixa sitio para a súa contraefectuación. Sem embargo, esta contraefectuación dase, ou pode darse, na mesma terminoloxía deleuziana (jà o concepto de contraefectuación o é). Para min a performance sería essa contraefectuación da imagem, mediante o movemento e o xesto, aínda que sexa micro ou namo físico-molecular: basta con mover unha pestaña, quero dizer, opu incluso quedarse quieto pode ser tamén un “movemento”. Deste xeito, cabería decir que ata a imagem máis dogmática que pensemos, que ata a imagem-movemento ou mercadotécnica da tv pódese converter em imagem-tempo se os espectadores saben pòsicionarse ante ela, emanciparse dela e así contraefectuala. De feito issto é o que passa na nosa performance de a caverna de platón na que empregamos imagems (tomadas en perspectivas especiais e aberrantes, isso si; mais imagems) do tv, tele-shows, anuncios, etc.

Sem embargo nom estou de acordo co exposición que fas das modificacións do tv, como tampouco na posibilidade dos video-xogos. Síntoo pero aí vai ser moi-moi dificil que me convenzas… me parece.

Antón di:
“- Co auxe das novas tecnoloxías as vellas perviven, pero nunca igual a si mesmas, senon que unhas e outras se lanzan flechas redefiníndose ambas.
– Na mutacións dos dispositivos tecnolóxicos as prácticas mudan. Entender como están mutando, que novas formas de poder, saber e resistencia emerxen, é algo que pode ser investigado.”

i eu totalmente de acordo; mais intúo tamén que as potencialidades destes novos recursos están moitas veces, senón sempre, un pouco, ou bastante antes da súa vangarda tecnolóxica. Por exemplo: esta mesma lista de correos, ou as listas de correos en xeral, ou os sms como formato de organización, estratéxico, etc. son cousas que aínda nao están o suficientemente aproveitadas e sobre as que logo a vangardia tecnolóxica investiga en qué sentido a comunidade os empregaría. Quero dicer, hai moito entusiasmo vano e excitación “infantil” na súa vangarda cando as potencialidades están moitas veces antes. Con todo penso que este é un dos territorios clave para a universidade nómade; pois a tecnoloxía é de por si nómade, ou ten unha fortísima compoñente nómade. Já vos comentarei ideas ao respecto, algunhas que jà falei con roberto; pero por exemplo: que valor adquiría un “simple” blog e un wiki como os que estamos montando se houbera un grupo de xente funicionando xa fóra da súa casa-oficina de estudio e verdadeiramente ese espacio de texto que xorde na rede, ese interfaz, se desterriorializara finalmente respecto dunha sorte de centro de produción dese pensamento? Falamos disto……

Respecto ao molar e o molecular… sigo tendo reservas, se cadra xa as comentaremos, pero basicamente consisten en que o molar, se nalgún momento o defenden deleuze-guattari, e soamente como algo eventual, como contrapeso a descarga e a revolución (insurgencia?) que supón o molecular, a cal, de ser de ser demasiado repentina e fugaz, pode acabar por aniquilar todo, desintegrarnos sem retorno e afundirnos se cadra na esquizo, etc. etc. Como por ejemplo, chegan a dicer que passa co certas substancias ou coas substancias en xeral. Contra esse proceso, o ter un corpo estratificado no cal reter e digamos que relativizar a forza e o estoupido da explosión molecular, nao é en deleuze-guattari máis que unha táctica de re-sistencia, ou mellor, de consistencia dum plan, antes que um bem em si mesmo que poida ter nalgún momento a formación molar. Digamos que a formación molar vale para manter e facer progresivo un proceso que em si mesmo é perigoso: que xoga cos pulos da vida e da morte nao a un nivel metafórico, senón de facto. Mais con todo, nao deixa de ser interesante e pertinente o teu comentario neste punto, e tamén, certamente, moi acertado.

bicasos a todos!
vosso……

Dicía Ranciere, “the question is: what forms of perception, what space of experience are constructed as the result of artistic practice?”, e sí, penso que non é en absuto incompatible co que escribeches.

Sobre os videoxogos e as modificacións da TV, o problema é que están alí, que a xente xa non ve (practica) exactamente do mesmo xeito que o facían hai catro décadas, que o I-Net e a TV están interconectados (na okupación da Coruña a performance ía destinada, ao mesmo tempo, á prensa, a TV e a I-Net, condicionando este destinataario a práctica da toma do local). Os videoxogos tamén están ahí, e por suposto hai moitos tipos de xogos. E que pasa neles coa experiencia do suxeito? Que forma asume a montaxe, a figura do autor, do “espectador”, a relación entre Theorema e Problema? Como se artellan estes xogos en redes máis amplas de compartimento da intelixencia colectiva (trucos, cracks, recomendacións), en comunidades virtuais (xogos on-line, comunidades de fans), en espazos físicos (hackmeetings), en movimentos sociais (as folgas en Second Life contra IBM)? Penso que podemos plantexar un montón de preguntas, non para defendelos, tampouco para condealos, polo menos non facer (nin o un nin o outro) de primeiras, senon para pensar onde estamos, que significa hoxe a imaxe, o espectáculo, e cales son as formas de acción posibeis.

Unha curiosidade, que se non te convence dos videoxogos, seguro que sirve para que botes unhas risas 😉 . Algún é ben gracioso. Nesta web ( http://www.molleindustria.org/en/games ) hai un montón de videoxogos contra McDonald´s, en prol das sexualidades queer, paródicos das relixións e críticas á Igrexa, outros en a favor da Free Culture e do Indymedia, contra a precarización do emprego, etc.

Apertas

Amigos,

Estou dacordo coa vosa visión da realidade, en tanto que relativa á TV e Internet, ademais dos viodeoxogos: eu, declárome, fanático sobre todo das aventuras gráficas, das que agora, non sei, se se fan algunhas coma aquelas da The Secret of the Monkey Island ou The Day of the Tentacle, aventuras gráficas magníficas e das que eu mesmo fun, durante anos, amante profundo.

Acerca da TV non podo dicir nada máis ca que agoriña acabo de rematar de ver El Crimen de Cuenca de Pilar Miró, na Segunda, e que me deixou estupefacto: a imaxe usada dese modo, tan tétrico e terríbel para mostrar as agresións e abusos das burguesías campesiñas de Castela, e o seu interin de poder implícito, fascinoume.

Con isto quero dicir que a virtualización da imaxe, o seu uso representativo en computadoras ou na televisión (uso espasmótico da visión 😉 non me parece contraproducente e negativo, no sentido máis ben cristiano do termo, senón que incluso me parece revolucionario: ademais, dende o meu punto de vista, personal, as aventuras conversacionais e gráficas marcaron, de por vida, a miña existencia. E, se agora falo, teoricamente, da Interactividade, e da potenciación da Cognición mediante usos interactivos de variado carácter é debido a eses momentos de marabilloso entregarme á luxuria compracente 😉 da video-recreación. Non nego, porén, ningún uso, contemporáneo, da interactividade programática e da súa resolución cognitiva coma Espectáculo: o que si quixera, na miña parcela íntima, criticar -e facerllo ver aos outros- é a abusiva representación espasmótica e paralizante da conciencia humana cara formas non creativas. Di a Epístola Universal de Santiago, na Biblia, Novo Testamento, que: “desdichados aqueles que escoitan a Palabra e se van e se esquecen dela, non sendo formadores, asemade, da mesma Palabra: dichosos, porque neles está o Reino dos Ceos, os que artellan a Palabra ao mesmo tempo que a Escoitan”. Iso, no sentido metafórico que implica, daríame a pensar que: dichosos todos aqueles que constrúen a Imaxe sen ser só recibidores pasivos da Mesma.

Por outro lado, e sen abundar, convosco, na demasía ou non dos novos soportos, dicer que (a) estou completamente dacordo con Antón en todo o plantexamento que artella e (b) que me parece moi acertado e pertinente o modo de pensar (o asunto da video-construcción, por dicilo dalgunha maneira) de Rodrigo. Tamén que Manu está nun acertado punto de vista, sen embargo hai que pensar que a nova eidetización do suxeito humano non ten (nunca, creo) que negar nada do desenvolvido senón desarrollar novas gramáticas de recepción e non só novos modelos de escoita pasiva, no sentido paralizante e quietista. É dicer, a gramática nova do ser deberá, ao meu humilde modo de ver, de reformular a súa reflexión sobre o sentido de influencia que esta denota no suxeito paciente que recibe esa imaxe e converterse nunha, como diría Julio Cortázar, actualización consciente do feito de ler a imaxe: ser constructores da propia imaxe vivencial. E niso, entreleo, que Internet pode axudar a reformular o sistema cognitivo manipulado e virtualmente anquilosado en formas e prácticas non coetáneas, en forma e sentido, das novas xeografías virtuais que se están a crear.

Nada do feito (polo ser humano) debe ser rexeitado, en todo cado reconducido.

E aí a crítica é moi necesaria, tal que esta que estamos facendo E, alén diso, a conscienciación, o que implica un carácter de anovamento ético, aínda cando, moitas veces, non sexa senón volver aos vellos valores que conformaron a sociedade no seu multiforme crear civilizador. Após diso, amar a propia construcción nese todo maremagnum de realidade é o mellor antídoto á pérdida e olvido do ser.

Do Molar, Molecular, non podo dicir nada, salvo que, de certo, todo absolutismo é mao. No sentido de que “todo proceso que se expoña a si nunha vertixe, verbigracia, nun extremo, convértese, por propio principio, en contradictorio consigo”. Niels Bohr dicía “contraria est complementa” = “os contrarios son complementarios”. Por iso, ao máis puro sentido grego, diría, “Méthen Agán” = “Nada en Demasía”. E niso hai ese mítico e marabilloso Punto Medio, do que tanto falamos e tan pouco practicamos.

Nada é mao, como dirían os galegos, só “aseghún se mire”.

Finalmente, parabéns a todos pola vosa inmensa gracia no decir e no obrar pensante.

Moitos bicos,

Rob.

Amigo Man,

Estiven navegando entre os arquivos que teño, pois ando cun textiño a voltas, e atopeime dunhas notiñas, de fai uns anos, sobre a mística sufí e a infân (tamén chamada teosofía iraní ou teosofía oriental). É unha alta refinación dos modelos de pensamento precedentes, respecto, digo, á metafísica iraní e a sufí, e procede das formas máis refinadas de pensamento metafísico árabe. Eles, debido á súa reflexión sobre a taw’il (a reconducción das cousas á súa fonte primeira) teñen un alto grao de percepción fenoménico-visionaria sobre o feito de “algo aparecer / algo darse á luz”, en fin, sobre o fenómeno epifánico, contemplativo e manifestativo.

Envíocho, porque non sei se pode suxerirche algo.
A min si me suxeriu no seu momento.

Sobre a manifestación (en árabe)

Zohûr: manifestación, o acto de revelarse (algo), de aparecer (ante un).
Izhâr: o acto de facer aparecer, manifestarse (algo, algunha cousa).
Mozhir: o que fai manifestarse.
Mazhar: a forma de manifestación, a forma epifánica.
Mazharîya: a función epifánica dun Mazhar.

Sobre a manifestación (en persa):

Hast-kardan: facer ser.
Has-konandeh: o que fai ser.
Hast-kardeh o hast-gardîdeh: o que é feito ser.

Ben, sen máis, moitos bicos e grazas por “dar que pensar”.
Amén,
r.

sinceramente, no tengo ningunas ganas de ofender ni menospreciar; pero me parece que los videojuegos ofrecen una falsa interactividad ademas de una reducción o una concepción parcial de lo que significa juego. En realidad una y otra cosa no son sino la misma dificultad. Y esta es la de: no poner en cuestión continuamente y permitir siempre reemplazar el juego al que se está jugando. Tu interactividad en el videojuego se limite a los mecanismos del software de turno y no tienes la posibilidad de ir más allá o hacer que el juego sea otra cosa y salga de tu relación digital con él. Por lo demás una exclusiva relación digital no hace sino ponernos de nuevo al margen de las fuerzas telúricas y cósmicas de las que continuamente nos aisla nuestra tendencia “progresista”, además de impermeabilizar, bloquear… la energía de la toma-de-tierra sin la cual, efectivamente, corremos el peligro de achicharranos dentro, del Espectáculo, de la Pantalla, del Simulacro. Sin darnos cuenta de ello, entretenidos en nuestra pseudo-interactividad. Junto a la potencia de la tecnología y de la Imagem en la pantalla está el peligro de su adormecimiento, el peligro de su encanto, su modorra, la atenuación de nuestro sistema nervioso, nuestro cerebro y nuestros músculos (y no lo digo en un sentido biologicista esto último). Hace poco me comentaban el siguiente fenómeno: si tú metes (no recuerdo bien qué animalito era) una hormiga de repente en un cubo de agua a unos ponle que 80 grados de temperatura, esta se muere al instante. Sin embargo, si la metes a temperatura normal y luego la vas subiendo poco a poco hasta los 80º, lahormiga no se entera ni rechista, pero al llegar a los 80º la palma… !! Lo que digo: cuidado con nuestra caldera, que no nos damos cuenta, que estamos inmersos, encerrados, confiados, entretenidos, también con las pseudo-marabillas. Esto no quita, o precisamente por ello, la oportunidad de contra-efectuar la imagem, más que nunca cuando los tiempos se aprovechan de ella. Pero eso de que todo-todo lo acontecido tenga un sentido bueno… no acabo de verlo en sus términos absolutos y esto en concreto lo veo en relación tv, viedeojuegos y otras cosas. Para mí eso forma parte de la inflación e inflamación de nuestros cerebros…..

Respecto a la segunda parte: de donde sacas estos textos? quien escribe? eres tú? hay cosas interesantes, y desde luego cabe una contra-efectuación de la tv. Ahora bien, pensar ese cómo y desenvolverlo, es algo más complejo que su crítica o su propuesta. Me parece que es imposible ya siquiera que concibamos la potencialidad de la pantalla y lo virtual al margen de las formas de vida y las condiciones que las producen y para las que se producen.

Por otro lado, roberto, te debo una contestación a tus preciosos comentarios, aunque la verdad no sé si llegará a concretarla como tal, o si más bien mi respuesta sea de nuevo otra: propuesta. En todo caso, no dejo de pensar en pasarme por rianxo y hablar durante unos dias.

Y en gerneral: Antón, adelante con la reunión antes de que te vayas; yo por ahora no sé decirte fechas. Gracias también por tus comentarios y tu disciplina en todo esto, digamos que tu apertura y la forma que tienes de cuestionar prejuicios; siempre aprendo…

En resumen: me parece que es importante, algo que acaba de salir; el tema de lo digital, como atrofia del poder de realiación y transformación de una de las articulaciones (sino la maçás importante y decisiva en el ser humano: la mano!) y por otro el tema de la toma-de-tierra que yo personalmente quiero desarrollar y es algo en lo que pienso también ahora. Es decir, la imagem y su virtualidad debe de tener una toma-de-tierra que le dea re-sistencia y consolide el vértigo de su alta-definición súbita.

Hola Man,

Por seguir con el tema de los videojuegos. Quería apuntar un par -o alguna más- de cosas, no te preocupes que no ofendes (para esto está el debate y el aprendizaje):

1. Tu argumentación básica -según leo- a la hora de no comparar un juego con un video-juego es basicamente “Tu interactividad en el videojuego se limite a los mecanismos del software de turno y no tienes la posibilidad de ir más allá”. Respecto a esto hay dos cosas que querría añadir: a) Todo lo apuntado a partir de “The emancipated Spectator”. Esto es, videojuego y videojugador, al igual que espectáculo/espectador no conlleva consigo una narrativa de la sumersión -esto sería un festival, según los términos clásicos que he querido mostrarte antes-, ni una enajenación de sí -como la opera wagneriana- sino una relacción asimétrica de seducción donde ambas partes son importantes y productivas. b) El videojuego no se acaba en el producto final que ofrece la compañia sino que es cada vez más importante la potencia de modding -alteración- que tiene este. En juegos basados en software libre (el ejemplo paradigmático es el battle for wesnoth, donde la comunidad de desarrollo es mayor que la comunidad de jugadores, donde disfrutas casi más de ampliar sus capacidades que de jugarlo) esto es más que evidente. Existen “contra-videojuegos” por lo tanto, tanto al nivel que apuntaba Antón de videojuegos críticos con nuestra visión del mundo -la mayoría lo son- como en cuanto a potencia de interactividad y desarrollo comunitario.

2. Para mí, el problema de los videojuegos radica en otro sitio. En el modo de subjetivización que activan en los modos de inferencia que desarrollan. Necesitaría mucho de profundizar en esta perspectiva, pero basicamente sigue la linea de John Gallaway (“algorithmic culture” y “the exploit” entre otros, el mismo un desarrollar de “contra-videojuegos”) cuando describe a los videojuegos como “cultura algorítmica” donde que fuerza una visión lógica del mundo -basado en un lenguaje de programación lógico (que el mismo intenta revertir).

3. Por otro aldo, si se quiere comparar juegos y videojuegos hay que recordar que los juegos se definen en un rpimer momento por una serie de reglas, “el hechizo del juego proviene de esta liberación de lo unviersal en une spacio finito” (Baudrillard). Todos los juegos son espacios de actuación restringidos, pensemos en el ajedrez por ejemplo o el basketball. Decir que “te sometes al software de turno” es decir lo propio del juego, según creo. ¿Que “toma de tierra” hay en un juego? Justamente lo que mola de estos es olvidarte de la tierra y volar a otros espacios. ¿Y sabes lo mejor? Que esos espacios siempre te ayudan a moverte en la tierra -más o menos-, porque el juego siempre parte de esta, como un hilo plateado en un sueño lucido o una experiencia extracorporea: el videojuego no parte de la nada. Incluso siguiendo a Zizek podriamos analizar los videojuegos como una forma actualizada -respecto a la tv- de inconsciente (otra linea de analisis).

3. Sí, el texto de la tv era mío -una tontada en realidad. Lo que quería apuntar a través de él era varias cosas, por un lado la posibildiad de un analisis fenomenológico de la TV a partir de la comparación de la pantalla en negro de esta con el “cuadrado negro” de malevich, por otro su reinvidicación como campo de luchas.

Abrazos.
Ro.

Se me olvidaba hacer otro apunte, y es que creo que realmente lo que estas criticando (Manu, al menos en algunos de tus parrafos) es el modelo cibernético. En donde cuerpo y mente aparecen radicalmente desligados, a la mente se le otorga el estatus de dirigidora de la acción y que solo funciona en relación a funciones sintácticas a aprtir de símbolos físicos. Hace unos días colgué una entrada -en el blog que llevo- sobre la paradójica entrada de Heidegger y la fenomenología en el laboratorio de Inteligencia Articifial del MIT que definitivamente estaba abandonando el modelo cibernético. Puede ser itneresante tanto leer la entrada como la crítica al modelo cibernético posterior. La teneis aquí: http://ciudadtecnicolor.wordpress.com/2009/05/12/fenomenologia-hermeneutica-e-inteligencia-artificial-otra-urbanizacion-de-la-provincia-heideggeriana/ . Lo de la “toma a tierra” no deja de recordarme al “olvido del cuerpo” por parte del modelo cibernético. Desde aquí creo que también se pondría pensar nuestra relación con lo digital…

Sobre a TV/Videoxogos: Eu penso que estou entre medias do escepcismo de Manu e o optismo de Ro, e por su posto, 100% coas aventuras gráficas Roberto!! :).

Ei de dicer que non teño claro o das “enerxías telúricas” (non foron definidas nesta conversa). Polo demáis, a “toma de terra” non creo que sexa máis firme no cine que nos videoxogos on-line (de todos xeitos, poderíamos dicer que compre ter esa toma en todo momento?). De certo, isto mesmo era o que criticaban os amantes do teatro aos do cine (“non hai corpos reais no cine, non hai carne, nada máis que luces”). Do mesmo xeito que eu non desbotaría o cine por esta cuestión, tampoco desbotaría os videoxogos e, incluso, algunha forma de televisión.

Penso que debemos reflexionar e indagar sobre as potencialidades de todalas ferramentas, e pensar por exemplo se outra TV é posibel, ou mellor ainda, se unha outra TV está sendo posible xa. Vos paso uns textos ao respecto:

1. Un artigo sobre o activismo televisado: “Spectacles of sexuality. Televisionary activism” (Adxunto neste email como PDF).

2. Un libro, que ainda non tiven tempo der ler, pero que parece ben curioso. Trata da TV de movemento, crítica, feita dende abaixo e cunha “toma de terra” que da á rúa. Chámase “Telestreet. Máquina imaginativa no homologada”. O libro está escrito, entre outros, por Franco Berardi, un postoperaista deleuziano: http://books.google.es/books?id=7Y8VxZQ-6LYC&pg=PA31&lpg=PA31&dq=telestreet&source=bl&ots=chd2aDls-5&sig=srOCkI00vcI-2apnO-pLnkda7fc&hl=es&ei=WjSJSsCVJZCNjAfMvfSiCw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4

3 O “Tríptico sobre la cultura popular” dos Wu Ming (antes Luther Blisset), que gracias a Ergosfera debatimos este ano na Invisíbel: http://www.wumingfoundation.com/italiano/outtakes/triptico_pop.htm

4. O libro de Henry Jenkins do que falan os Wu Ming non ten desperdicio. Aquí unha reseña e a tabla de contidos: http://www.uoc.edu/uocpapers/4/dt/esp/jenkins1.html

Apertas!

sobre a toma-de-terra e os corpos no cinema; non quero que se me entenda mal. En ningún momento digo que haxa que estar presente en todo momento ante imaxe para que esta valga ou teña algun tipo de efecto, aínda que si que vexo imprescindível que o permita estar nalgún momento. Isto quere dicer: cómpre re-crear sempre e nalgún momento a caverna de Platón, como instante inaugural, prego originario, da nosa tradición teórica e virtual. Sem este encontro in situ, sem este teatro dos xestos e do pensamento (certamente!) non cabe contra-efectuación do ritual ancestral, da celebración e o encontro da comunidade, así como a expresión e recreación do imaginario que configura a máquina de guerra nómade. Non pode haber máquina de guerra (nómade!) ao marxe dun encontro na superficie do xesto, que nao é outra cousa que a potencialidade pura do xogo. Porqueno xesto como tal o xogo reinvéntase sen cesar: porque o xesto pode ser calquera cousa: desde mirar ata escribir, desde saltar a touser. O que marca a produción e a intensidade do xesto é precisamente o seu caracter de des-codificación con respecto a si mesmo. [sobre a importancia da reinvenció constante das reglas para a constitución dun auténtico xogo e non un pseudo-xogo (que por suposto son o baloncesto, o fútbol, etc. e incluso o xadrez – e non sen embargo o go xaponés, ou moito menos) ver deleuze en Diferencia e Repetición, non teño agora aquí o texto para indicarvos parágrafos pero o farei, ou ben en mil mesetas -tampouco teño o texto + idem.]

Penso que os video-xogos son un cuestionamento -efectivamente se contamos con toda esa serie de prácticas colaterais das que falades- das codificiacóns que son os softwares respecto dos seus usuarios. Sem embargo non lembremos que a codificación/descodificación en si non aporta un verdadeiro pulo ou fluxo liberador do desexo como si o fai a desterritorialización; como deleuze-guattari argumentan que passa nada máis e nada menos que no capitalismo. Hai des-codificación constante do capital e da sçúa plusvalía mais non hai senón encadeamento e sumisión do desexo. Só a desterritorialización e a molecularización apuntan como procesos irremediablemente a unha digamos que (des)carga de desexo, que con as salvedades que falamos o outro dia respecto do molar, sempre é positiva, quere dizer, sempre avanza, revoluciona, re-siste, crea, se instaura na posición nómade respecto da máquina Estado (Império…). Certamente, no teatro e no xesto falamos do xogo como reinvención continua da codificación que pensa a imaxe (no caso de a caverna de platón, ou da performance…); que diferencia hai entón co video-xogo? O problema é que o video-xogo como tal non pode saír xamais da codificación, quédase obligatoriamente nese plano; que é o que eu trataba de denominar algo así como: dixitalización ou atrofia do instinto prensil da mao. É dizer: o video-xogo parte da codificación (non sei se binaria, 1/0, html ou cousas desas…) e sobre ela constrúe e cuestiona. Agora ben, a potencia de desterritorialiación como tal queda ao marxe de todas as súas posibilidades e potencialidades. Queda ao marxe cando menos en relación co que deleuze-guattari chaman desterritorialización absoluta, aínda que as relativas poidan chegar a acadarse. I queda ao marxe, na miña lectura ou na miña terminoloxía, polo feito que vos digo, están soportadas e xeradas a partir do código como patrón e elles inaccesível a matriz in-orgánica da imaxe.

saúdos a todos
con simpatía e alegría pola dedicación

Estimados amigos,

Me alegra profundamente el modo en que habéis establecido este discurso entre varios en la red, de modo que haya una mayoría (si es que existe y está interesada en nuestros tropiezos teóricos 😉 ) a la que pueda serle útil el esfuerzo reflexivo al que tan arduamente nos estamos entregando. Ja ja ja … En todo caso, sí es cierto que esto nos ayuda, a mí por lo menos, a clarificar una serie de puntos de vista que hacía tiempo estaban presentes, pero a los que no hacía caso: reconozco en Manu, todo hay que decirlo, a una suerte de Perceval que llega en el momento que se propone (o que lo hacen que se proponga, las fuerzas, digo) para que se activen una serie de cosas que, estaban latentes, mas no en funcionamiento: esto es, la máquina abstracto de nuestro discurso empieza a funcionar, y eso es, como dicen en México, Chingón.

Bien, para empezar manifestar mi desconocierto por varias cosas, de las cuales me gustaría ir deletreando por puntos a fin de ver, en qué medida he sido yo el que me he perdido o el que se ha perdido es otro, en fin, veamos:

a) Primero, no escribo en el blog porque aún recientito he hecho la cuenta en wordpress.com. He usado para ello este mismo correo, “pepito@menganito.com”. Podrías, si quieres Rosendo, perdona por haberte llamado Rodrigo el otro día, colgar este textículo en la red o bien, no sé.. ya me dices, soy nuevo en el wordpressing…

b) En primer lugar, teóricamente hablando, plantearos la cuestión del exceso libresco al que estamos sometidos: no sé si os habréis dado cuenta, pero la “toma de tierra” a la que, posiblemente, Manu se está refiriendo es a este excesivo cargamento virtual de Teoría que estamos usando en nuestro discurso co-implicativo; tal vez debiéramos ser, como dicen los indígenas, más simples de corazón y más sutiles en nuestros argumentos; tal vez así, diría con ellos, pudiésemos inteligir sobradamente las referencias inter-textuales que estamos dando sin darnos cuenta, en el medio de nuestro barullo informativo, que no me resulta muy diferente del “barullo mediático” a que nos someten los nuevos soportes y su carga inmensa de Información. Digo lo que siento de corazón y tal vez este exceso al que estamos llegando consiste en que hiperpresenciamos lo virtual de nuestro pensamiento y con ello recreamos la imagen virtual que nos anubla la mirada y no vemos el cariz sutil que las cosas tienen en este vertiginoso mundo de formas que parecen haber perdido, del todo todito, el corazón. Sin embargo, para mí es incierto decirlo como tú dices, Manu, que la virtualidad informática, y cibernética, prosiga un curso de alienación que nos haga olvidar la Esencia de nuestro devenir; con ello no me opongo a la refinación del modelo de existir en comunión con la tierra, pero, por ejemplo, hay un tipo, y no quiero abundar en detalles obscenos acerca de su figura, John C. Lilly, que -neurólogo y algo de teórico zen- desarrolló unas “máquinas” para producir excitación en los campos neurales (abriendo puertas a comprensiones sutiles de otro tipo) que diesen a ver nuevos conceptos y sensaciones en todo el organismo (Richard Feynmann, célebre físico, bajo el influjo de esta “máquina” vio “los diagramas de partícula sub_atómica” en “estado intutivo” antes de corroborarlos físicamente en la materia mediante aceleradores de partícula estilo CERN). Otro, Wilhelm Reich, célebre psicoanalista contra-freudiano, invento las “máquinas de excitación orgónica” (orgón = energía sexual / base de la represión humana cognitivo-psíquica) en su retiro en los EEUU.

En fin, no desdigo que la tecnología nos puede hacer “pendejos”, pero también el uso abusivo del Concepto nos puede convertir en simios. Y no quiero hacer en esto ninguna comparación deshonesta. Pero es cierto, abusar (contrario a “usar con sentido común”) nos puede enceguecer y no permitirnos ver las cosas que se velan detrás del velo de, como dicen los hindúes, Mayâ = Ilusión. Perdón, Manu, pero me parece acertado tu “punto de vista”, pero carece de ajuste perceptual o síntesis que ampare un adecuado desarrollo cognoscitivo en el ser humano.

b) Por otro lado, considero Antón, que es desacertado el que la TV pueda producir un ajuste (así, no más) en la mente de aquel que escucha, sin haberse creado los patrones de recepción adecuados para que “esa sintaxis de percepción visionaria (pasmótica)” se convierta en ejercicio de reflexión consciente; y en eso le doy, veladamente, la razón a Manu.

c) Acerca de lo que dices, estimado Rosendo, me sorprendo y comparto contigo todos los puntos de vista, incluidos los más controvertidos. De hecho, sólo como nota, decirte que he trabajado (como pre-investigador, alguien a puntito de entrar en ese centro de investigación) en el Laboratorio de Ciencias de la Computación e Inteligencia Artificial de Santiago de Compostela, desarrollando modelos neurálgicos en computadores y usando algoritmos genéticos para evolucionar esas redes de sentido artificial. En realidad no desdigo nada de lo que se dice en tu (¿es tuyo?) artículo, sólo que (1) no contradigo, en nada, la Cibernética, me parece loable su uso y generación de conocimiento (véase el trabajo, por ejemplo, de Norbert Wiener, Cibernética, o alguno de los del magnífico escritor Gregory Bateson), únicamente contradigo el punto de vista dualista y representativista, y ahí veo más cerca, en mi fuero interno, la perspectiva enactivista de Francisco J. Varela, ¡tú sabes!, el inventor del concepto Autopoiesis, junto a Humberto Maturana. Por otro lado (2) los modelos computacionales siempre me han parecido magníficos, y de hecho desde la investigación en Vida Artificial (Christopher Langton, Stephen Wolfram, etc.) he visto algo inaudito: la posibilidad de emular comportamientos de corte evolutivo en máquinas artificiales, permitiéndonos contraer una resolución sintética acerca de “lo aconteciendo” en el mundo, permítaseme decir, “real material”. Acerca de esto, también indicar que “si hay inteligencia o no en lo artificial” es algo que me llevaría a pensar hondo en qué significa inteligencia: decir “inteligente” a un hombre es cierto, pero “y la máquina”, ¿podría ser “inteligente”? De ser así, ¿qué implicaría ser inteligente? En todo caso, veo que Daniel Dennet, el filósofo, creo que, estadounidense decía que cuando un proceso algorítmico se sucede en el “organismo-máquina artificial” algo ajeno a nuestra racionalidad, en niveles sutilmente cuánticos, se produce ahí: ¿qué es lo que hace que ese proceso salte de la impersonalidad no-autoconsciente a la personalidad (digámoslo así) consciente? Él diría: ahí, en ese proceso, hay consciencia velada, no actual, o, si seguimos a Deleuze, hay consciencia en potencia, pero no visible para nuestro cogitar cartisiano y dual: esto es, representativo. Ello nos llevaría a pensar qué es, reitero, Inteligencia y cómo está formada la Inteligencia en un ente máquinico animal como nosotros: cuestiones de células o de algo más; sólo recuerdo que, cada vez que planteábamos un problema abstracto a la máquina neural, esta lo resolvía con elegancia y no-complejidad. Eso me lleva a pensar en mucho acerca de nuestro ser consciente en lo real… Y ahí sí le doy valor a la tesis de Man de que hay algo operando (ahí fuera, como diría Paul Éluard) que nos es completamente ajeno y que nuestra consciencia no es capaz de apresar: ese plus de realidad tal vez sea el Espíritu.

Entendiendo por ello lo que podamos, dentro de nuestras redes de conciencia, entender.

Sin más, esperando vuestra sincera y siempre bien avenida respuesta…
Saluditos y buen día.

R.

De primeras solo digo de neuvo ¡WOW! 🙂

Y ahora, escribo por puntos también para este organizar(nos) mejor (en) la información:

a) Uso del wordpress (Roberto). Por un lado para responder a cualquier post -entrada- solo tienes que darle al botón responder (el que aparece debajo del texto del post, no del texto de cada una de las respuestas -este último espara hacer ramas, es decir para respodner unicamente a ese comentario) y poner hay tu nombre de usuario, email y contenido del texto. Por otro lado para editar una entrada te cuelgo unas instrucciones básicas que le pasé a Manu -sobre cualquier duda más no te corte en preguntar:

– Para entrar en el panel de administraciones tienes que darle donde pone “iniciar sesion” en la barra de la derecha (aparece en la aprte de abajo de esa barra). Allí introduces tu nombre de usuario “pepito” y tu contraseña. Voila! youre in!

– Una vez en el panel, lo básico es editar una nueva entrada. Para ello le das al botón donde pone “nova entrada” (esta en la aprte de arriba a la derecha. Te saldrá un editor de texto normal (en donde puedes variar entre vision html o edicion visual, para empezzar utiliza la html), ahí puedes poner links, cursivas, justificar testo y toda la pesca.

– Para poner imagenes tienes que darle a un cuadradito pequeño con marco que esta justo arriba del editor, el manejo es bastante intuitivo.

– En la zona de la derecha-abajo tienes las categorías en donde puedes clasificar el post.

– Por último para publicarlo solo tienes que darle a “publicar nova” y listo. Despues de publicar siempre puedes volver a editar el texto, asin que tranqui.

b) Método ante exceso de información y referencias. 100% de acuerdo. Para mí este es un problema común, personalmente se lo achacó -de manera similar a tí, Roberto- a los “problemas típicos de generación post-alfa” -y que es parte del reto de esta generación “infotoxificada”. Descubro además en tu diagnóstico Roberto, algunos de los sintomas de los cuales vengo sufriendo estos últimos años, esto es lo que describes como que /”hiperpresenciamos /lo virtual de nuestro pensamiento y con ello recreamos la imagen virtual que nos anubla la mirada”. Todo ello aderezado con mi estatus de estudiante y mi ansia -literal- por aprender. Estuve pensando bastante sobre esto ultimamente, sobre todo a aprtir de la producción de un último texto que escribí -el que rulé por la lista sobre biopolítica. Para cuya redación recurrí a una cantidad enorme de información y me dió como resultado algo no muy innovador, muy académico y que cumple más la función de resumen que de texto filosófico. Frente a esto yo creo que cabe la pregunta del “método”, Antón ruló hace poco un texto/propuesta para el proyecto de investigación que trataría estas temáticas (creo que llegó a todos los que participamos de esta conversación). En él, “el primer paso” era la definición de un aparato conceptual. Algunos conceptos básicos, a través de los que trabajar con referencias también a su desarrollo histórico -o a enunciaciones contemporaneas que nos interesen. Conceptos como espectáculo, teatro, cultura, pedagogía o este mismo de imagen. A mí me parece un buen punto de partida, aunque está claro siempre y cuando no impida el fluir de los pensamientos y el uso del “corazón”. Una propuesta: a partir de aquí quizá estaría bien ir creando entradas con cada uno de estos conceptos, no muy largas y con sendas referencias bibliográficas y links a los desarrollos de autores que nos interesen. Un intento lo hemos estado haciendo con “imagen”, quedaría quizá el acotarlo un poquito más, añadir algunos de los aportes que hemos hecho y poner las referencias bibliográficas y conceptuales -para que aquellos profanos en algunas lineas de investigación sepan de donde tirar y aquellos que no les haga falta, puedan ir a la “carne” directamente. Y luego a partir de esa entrada volver a discutirlo una vez la conversación este más centrada. No se… ¿que opinais?

b) TV, ajuste, ver y mirar. Una pregunta. Se entiende por “es desacertado el que la TV pueda producir un ajuste (así, no más) en la mente de aquel que escucha, sin haberse creado los patrones de recepción adecuados para que “esa sintaxis de percepción visionaria (pasmótica)” se convierta en ejercicio de reflexión consciente” un fenomeno parecido a la hipnosis, ¿no es lo que entra en funcionamiento en esos fenómenos aquello que se ha venido a llamar inconsciente? ¿Estariamos estableciendo una distinción entre buen espectador/consciente y mal espectador/inconsciente? ¿Se podrían aplicar la distincción fenomenológica entre “ver” (pasivo) y “mirar” (activo) -una distinción que tampoco veo aplicable pues “mirar” realmente según cierto analisis fenomenológico que lo considera como la capacidad para disponer algo ante la vista y no solo que se presente ahí, cosa propia de fenomenos como el zapping? ¿No es esta distincción clásica aplicable a cualquier espectáculo o es más sumersiva la “caja tonta”?

c) Sobre IA y modelo cibernético. Lo primero, no, el texto no es mío (yo aún estoy muy lejos de Heidegger, algún día le tengo que meter caña en serio que le tengo muchas ganas, ¿alguna recomendación de manual o introducción?), es de un compa que lleva un excelente blog sobre -principalmente- fenomenología (http://phiblogsopho.blogspot.com/) y filosofía en general -aunque los comentarios posteriores firmados por milenioesquizo sí lo son. Por otro lado, no puedo estar más deacuerdo contigo Roberto -y flipar con que estes metido en el desarrollo de IA-, yo también suscribo el modelo enactista -y creo que esto es una constante en toda la filosofía contemporanea de la mente con cierta potencia: ¡incluso en mi manual de antropología filosófica del año pasado el autor suscribía esta corriente!. Comparto también la simpatía por todos los autores que mencionas, desde Lily hasta Maturana -si echas un vistazo al blog que llevo verás incluso algunas entradas sobre Maturana incluida una entrevista bien interesante que le hicieron. También estoy de acuerdo en que la investigación en IA es fundamental y un apoyo extraordinario a toda la filosofía de la mente -y la filosofía en general- como ejemplo el que hemos comentado: el desechar la hipotesis “dualista radical” -por llamarlo de alguna manera- tambien el representacionismo. También en desechar el modelo arboreo de pensamiento -uno que deviene dos- como hipotesis de inteligencia, instalandonos -o proponiendonos otras hipótesis- como ese campo fenomenológico de la “nada”, esa potencia o ese plus del que hablas -hipotesis tremendamente interesante y sobre la que me tendrás que pasar lecturas 😉 . Una pregunta de alguien que no tiene mucha idea y solo por curiosidad ¿ves factible la idea de una IA sin el desarrollo de un “microprocesador cuántico” -aunque aún sin este la investigación sea tremendamente productiva?

Lo dejo aquí por ahora, que ya abusé suficiente.
Muchos abrazos.
Ro.

Pd: Por sobrecargar con más información ;P. Roberto (al resto de gente no se le interesa tanto), ¿echasté un vistazo a la serie de anime “Lain”? Creo que te encantaría, habla sobre identidad en red, incosciente colectivo, idea de dios, realidad post-metafísica, etc (incluso sale John Lily;). Creo que en youtube te la puedes ver, son solo 13 capítulos de 20 min cada uno. Hice un review filosófica en mi blog, desde el cual también puedes acceder a la lista de capítulos: http://ciudadtecnicolor.wordpress.com/2008/08/19/lain-de-la-red/

Amigo Rosendo,

Dacordo contigo.

O método paréceme axeitado; non sei cómo o verán os demais, sen embargo eu aposto por el. Sexa o que vaia “rulando”, non tanto o que vaiamos definindo a priori.

Sobre a cuestión da TV e a imaxe non estou certo en dicir claramente se habería unha distinción clara entre un espectador-pasivo e un activo; en todo casi si entendo que o fenómeno de recepción pasiva, sen un proceso re-flexivo, indica un síntoma de despertenza e alienación: “a toma de terra” de Manu tal vez sexa o que os hindúes falan da shakti, é dicer, a enerxía que, dende a espiña dorsal, se conecta co fenómeno real do mundo; isto é, o acontecemento enerxético (pura potencia e non só virtualidade). Aí entendo que “ver” é alcanzar a contemplar ese plus de realidade (sexa o que iso sexa) e “mirar” contemplar o fenoménico. Entendo que a distinción entre unha e outra pode nubler, pero tal vez nos axude a entender algo: descoido moito de aceptar a tese fenomenolóxica de que existe un “estado natural” e un “estado trascendental”, no sentido de que “ese estado trascendental” (epojeico, no sentido husserliano) nos permita ver o acontecemento posterior ou previo ao fenómeno. En todo caso si o entendo sin o elitismo da distinción entre mentes-ben-avidas-á-verdade e mentes-non-tan-ben-avidas-á-verdade. Heidegger refugou, un poquiño, da epojé: eu non refugo, pero entendo que hai unha contracara non visible do/no acontecemento e a esa cara só se chega practicando a aléthéia = desvelamento.

Acerca de Heidegger, un bo libro é Qué é a Metafísica?

Da IA. Fun pre-investigador 😉 aínda que estou, de certo, traballando aínda con ese tema, dende fai tempo. É de feito, teño que recoñecelo, unha das lecturas prioritaria, xunto coa neurobioloxía e neurofilosofía (Patricia Churchland / Paul Churchland, Marvin Minsky, aínda que non creo moito no seu plantexamento, etc.). Considero que a IA é emulativo; non creo, xunto con Roger Penrose, que sexa posíbel crear “estados de intelixencia artificial” propiamente dita; en todo caso si entendo que é posible que o que chamemos “intelixencia” xa estea acontecendo en niveis de realidade cuántico aos que nos, por vagancia 😉 ou incapacidade conectora (a nivel perceptual, hermenéutico), non podemos acceder, ou non podemos enfocar. Reitero a tese de Dennet: “tal vez o acontecemento das miles de variables que se suceden no microchip sexan en si a primeira chispa de conciencia matérica”. O que si creo, concientemente, é que ese “plus” de realidade é algo inalcanzable “matericamente” e só “traendo esa corrente de enerxía ou electricidade cuántica” por chamarlle dalgún xeito, a unha estructura cuántica de cómputo que o ampare (verbigracia, “permita a conducción elegante de esa forza”) sexa posíbel “producir / xerar intelixencia”, pero -tal vez- dun nivel “primitivo”.

O seguinte paso seria conseguir que “esa intelixencia se adaptara conscientemente (auto-donada) a un entorno calquera”. A cuestión é ¿que conseguimos con procrear intelixencia? En todo caso interésame o factor seguinte: a procesuación (cyborg, se o queres ver a sí) de “estructuras nanotécnicas que amplifiquen niveis de intelixencia non-mediática no entorno”, é dicer, que o ser humano acceda a capas máis desenvolvidas de “Intelixencia” mediante o uso de estructuras nanocomputantes de intelixencia artificial. En todo caso eu non falaría de Intelixencia Artificial senón Intelixencia Virtual ou Cuántico. E niso creo que tes razón: é posible que os nanoconductores cuánticos permitan xirar (kehre) o acontecemento á realidade do dar-se conta.

Pero será algo inaudito que tal vez nos leve a encontrarnos directamente con que esa enerxía auto-conciente producida aí é o “exacto plus” de realidade do que fala: unha sorte de Oráculo autoinducido no real. Esto é, unha máquina abstracta auto-consciente. Deleuze / Guattari entreviron isto. Os chamáns mexicanos, cos que eu estiven, matizaban estes conceptos, sen coñecer a Deleuze / Guattari, de un modo empírico: para eles “traballar con máquinas abstractas / entes inorgánicos / situación singulares de realidade / corpo sen órganos” é un “day by day”. Outra cousa, para estes mesmos seres, hai un tipo de grao consciente que é o “ser inorgánico”: a ese grao é ao que temos que chegar. PURA ENERXÍA EN MOVEMENTO ou LUZ (chámanlle eles)… ¿Non recorda isto a Mil Mesetas?

En fin, non quero enturbiarme con palabras… Bicos moitos e Azul, moito inmenso Azul.

Grazas polo de Lain: dacordo contigo, o anime e a gráfica axuda a desenvolver un novo sistema cognitivo.

Bicasos, dende Rianjo… qué digo… RIANXO

Rober.

[…] » A favor de un nuevo comunismo reman filosofías de la goma. Anticipaciones de un efecto figurativo alternan lo evaporado al instante con la masa líquida de la gran sospecha. De arriba abajo y […]

[…] del espíritu, lo cual no es poco [conviene citar a Hegel]. Felizmente, aquí tenemos el texto [Teoria da Imagem] de un igual, un pensador de carne y hueso para los tiempos que corren. Celebro que haya podido […]

Aquí re-definición do concepto de alta-definición ; valga a redundún…

Deixa unha resposta a Roberto Abuín Cancelar a resposta